sexta-feira, 1 de maio de 2009

COMO OCORREM OS DESASTRES NATURAIS.

1 - TSUNAMI:
1.1 CAUSAS:

Um tsunami pode ser gerado por qualquer distúrbio que desloque uma massa grande de água, tal como um sismo (movimento no interior da terra), um deslocamento da terra, uma explosão vulcânica ou um impacto de meteoro. Os tsunamis podem ser gerados sempre que o fundo do mar sofre uma deformação súbita, deslocando verticalmente a massa de água. Os sismos tectónicos são um tipo particular de sismo que origina uma deformação da crosta; sempre que os sismos ocorrem em regiões submarinas, a massa de água localizada sobre a zona deformada vai ser afastada da sua posição de equilíbrio. As ondas são o resultado da ação da gravidade sobre a perturbação da massa de água. Os movimentos verticais da crosta são muito importantes nas fronteiras entre as placas litosféricas. Por exemplo, à volta do Oceano Pacífico existem vários locais onde placas oceânicas mais densas deslizam sob as placas continentais menos densas, num processo que se designa por subducção. Estas zonas originam facilmente tsunamis.

Deslizamentos de terra submarinos, que acompanham muitas vezes os grandes tremores de terra, bem como o colapso de edifícios vulcânicos podem, também, perturbar a coluna de água, quando grandes volumes de sedimentos e rocha se deslocam e se redistribuem no fundo do mar. Uma explosão vulcânica submarina violenta pode, do mesmo modo, levantar a coluna de água e gerar um tsunami. Grandes deslizamentos de terra e impactos de corpos cósmicos podem perturbar o equilíbrio do oceano, com transferência de momento. destes para o mar. Os tsunamis gerados por estes mecanismos dissipam-se mais rapidamente que os anteriores, podendo afetar de forma menos significativa a costa distante e assim acontece o tsunami

ESBOÇO DE UM TSUNAMI

1.2 - HISTÓRIA:

Um tsunami (ou tsunâmi, do japonês 津波 significando literalmente onda de porto) é uma onda ou uma série delas que ocorrem após perturbações abruptas que deslocam verticalmente a coluna de água, como, por exemplo, um sismo, atividade vulcânica, abrupto deslocamento de terras ou gelo ou devido ao impacto de um meteorito dentro ou perto do mar. A energia de um tsunami é função de sua amplitude e velocidade. Assim, à medida que a onda se aproxima de terra, a sua amplitude (a altura da onda) aumenta à medida que a sua velocidade diminui. Os tsunamis podem caracterizar-se por ondas de trinta metros de altura, causando grande destruição.
Embora os tsunamis ocorram mais freqüentemente no Oceano Pacífico, podem ocorrer em qualquer lugar. Existem muitas descrições antigas de ondas repentinas e catastróficas, particularmente em torno no Mar Mediterrâneo. Os milhares de portugueses que sobreviveram ao grande terremoto de Lisboa de 1755 foram mortos por um tsunami que se seguiu poucos minutos depois. Antes da grande onda atingir, as águas do porto retrocederam, revelando carregamentos perdidos e naufrágios abandonados.

UMA MAIOR PROFUNDIDADE NA ENCOSTA JOGA AS ONDAS PARA CIMA AMPLIFICANDO SUA POTÊNCIA


UM DECLIVE MENOS ACENTUADO NA BEIRA MAR FAZ AS ONDAS PERDEREM FORÇA ATENUANDO O TSUNAMI

1.3 PRINCIPAIS TSUNAMIS JÁ OCORRIDOS:

22 de Maio de 1960: o tsunami chileno:
O grande terremoto do Chile, o mais intenso terremoto já registrado (magnitude de 8,6),ocorreu na costa sul-central do Chile,criando um Tsunami, que teve seu rescaldo atingido partes do Hawai (estado norte-americano), gerando um dos mais destrutivos tsunamis do século XX, que vitimou cerca de 2000 pessoas.

VISTA ÁEREA DA ILHA CHILOÉ - CHILE MOSTRANDO DANOS DA TSUNAMI DE 1960.


FOTO DA ÁREA DE HILO NO HAWAI ATINGIDA PELO RESCALDO DO TSNUMAI DE 1960 - DEATLHE ESSA REGIÃO FICA A CERCA DE 10.000 KM DA ÁREA DE GERAÇÃO DO TSUNAMI.
(Fonte: www.wikipedia.com.br / www.soest.hawaii.edu/gg - versão traduzida / www.ess.washington.edu - versão traduzida.)

12 de Julho de 1993: Hokkaido:
Um devastador tsunami ocorreu na costa da ilha de Hokkaido, no Japão em 12 de Julho de 1993, como resultado de um terremoto, resultando na morte de 202 pessoas na ilha de Okushiri e no desaparecimento de um número indeterminado.

O terremoto ocorreu na data de 12 de julho de 1993. O epicentro do terremoto foi no mar do Japão a leste desse Mar em 42,8 N, 139,2 E, cerca de 15-30 km ao largo da pequena ilha de Okushiri e ao longo da costa oeste de Hokkaido.

Magnitude: 7.8


VISTA DA DESTRUIÇÃO CAUSADA PELO TSUNAMI DE 1993 NA ILHA DE OKUSHIRI - JAPÃO
(FONTE: www.wikipedia.com.br / www.globalsecurity.org / www.drgeorgepc.com/tsunami)

Muitas cidades ao redor do Oceano Pacífico, principalmente no Japão e Hawaii, possuem sistemas de alerta e evacuação em caso da ocorrência de tsunamis. Os tsunamis de origem vulcânica ou tectónica podem ser previstos pelos institutos sismológicos e o seu avanço pode ser monitorizado por satélites

26 de Dezembro de 2004: Oceano Índico:

O terremoto do Índico de 2004 disparou uma seqüência de tsunamis fatais em 26 de Dezembro de 2004, com vítimas fatais relatadas em mais de 285.000. Após a tragédia, várias organizações de ajuda humanitária e governos de vários países disponibilizaram ajuda. Na manhã do dia 26 de dezembro, a terra tremeu 10 km abaixo do nível do mar, à oeste da ilha de Sumatra, no oceano Índico. Esse terremoto - o quinto mais forte desde 1900 - provocou um tsunami que atingiu oito países asiáticos: Bangladesh, Índia, Indonésia, Malásia, Maldivas, Mianmar, Sri Lanka e Tailândia. Além disso, os efeitos do maremoto também foram sentidos em alguns países da costa nordeste da África, como Somália, Madagascar, Quênia, Ilhas Maurício e Seychelles. Ondas gigantes, deslocando-se a até 800 km/h, varreram cidades costeiras inteiras. Milhares de pessoas morreram afogadas, outras tantas foram esmagadas pela força das águas ou ficaram presas em escombros. Em um trem do Sri Lanka, nenhum dos 1.700 passageiros sobreviveu.


ESQUEMA DO TSUNAMI DE 2004 NO OCEANO ÍNDICO.


MAPA DOS PAÍSES ATINGIDOS PELO TSUNAMI DE 2004.


VISTA DA DESTRUIÇÃO CAUSADA PELO TSUNAMI DE 2004.
(FONTE: www.wikipedia.com.br / www.uol.com.br)
* NOTA : NESSE BLOG VOCÊ TEM ACESSO A VíDEOS DO TSUNAMI OCORRIDO EM 2004 NO OCEANO ÍNDICO, OBSERVE À DIREITA DA PÁGINA.

2 - VULCÕES:
Vulcão é uma estrutura geológica criada quando o magma, gases e partículas quentes (como cinzas) escapam para a superfície terrestre. Eles ejetam altas quantidades de poeira, gases e aerossóis na atmosfera, podendo causar resfriamento climático temporário. São frequentemente considerados causadores de poluição natural. Tipicamente, os vulcões apresentam formato cónico e montanhoso.

A erupção de um vulcão pode resultar num grave desastre natural, por vezes de consequências planetárias. Assim como outros desastres dessa natureza, as erupções são imprevisíveis e causam danos indiscriminados. Entre outras coisas, tendem a desvalorizar os imóveis localizados em suas vizinhanças, prejudicar o turismo e consumir a renda pública e privada em reconstruções. Na Terra, os vulcões tendem formar-se junto das margens das placas tectónicas. No entanto, existem exceções quando os vulcões ocorrem em zonas chamadas de hot spots (pontos quentes). Por outro lado, os arredores de vulcões, formados de lava arrefecida, tendem a ser compostos de solos bastante férteis para a agricultura.A palavra "vulcão" deriva do nome do deus do fogo na mitologia romana Vulcano. A ciência que estuda os vulcões designa-se por vulcanologia.

2.1 TIPOS DE VULCÂO: Uma das formas de classificação dos vulcões é através do tipo de material que é eruptido, o que afeta a forma do vulcão. Se o magma eruptido contém uma elevada percentagem em sílica (superior a 65%) a lava é chamada de félsica ou "ácida" e tem a tendência de ser muito viscosa (pouco fluida) e por isso solidifica rapidamente. Os vulcões com este tipo de lava têm tendência a explodir devido ao fato da lava facilmente obstruir a chaminé vulcânica. O Monte Pelée na Martinica é um exemplo de um vulcão deste tipo.

Se, por outro lado, o magma é relativamente pobre em sílica (conteúdo inferior a 52%) é chamado de máfico ou "básico" e causa erupções de lavas muito fluidas capazes de escorrer por longas distâncias. Um bom exemplo de uma escoada lávica máfica é a do Grande Þjórsárhraun (Thjórsárhraun) originada por uma fissura eruptiva quase no centro geográfico da Islândia há cerca de 8000 anos. Esta escoada percorreu cerca de 130 quilómetros até ao mar e cobriu uma área com 800 km².

Vulcão-escudo: o Havaí e a Islândia são exemplos de locais onde são encontrados vulcões que expelem enormes quantidades de lava que gradualmente constroem uma montanha larga com o perfil de um escudo. As escoadas lávicas destes vulcões são geralmente muito quentes e fluidas, o que contribui para ocorrerem escoadas longas. O maior vulcão deste tipo na Terra é o Mauna Loa, no Havaí, com 9000 m de altura (assenta no fundo do mar) e 120 km de diâmetro. O Monte Olimpus em Marte é um vulcão-escudo e também a maior montanha do sistema solar.

Cones de escórias: é o tipo mais simples e mais comum de vulcões. Esses vulcões são relativamente pequenos, com alturas geralmente menores que 300 metros de altura. Formam-se pela erupção de magmas de baixa viscosidade, com composições basálticas ou intermediárias.

Estratovulcões: também designados de "compostos", são grandes edifícios vulcânicos com longa atividade, forma geral cônica, normalmente com uma pequena cratera no cume e flancos íngremes, construídos pela intercalação de fluxos de lava e produtos piroclásticos, emitidos por uma ou mais condutas, e que podem ser pontuados ao longo do tempo por episódios de colapsos parciais do cone, reconstrução e mudanças da localização das condutas. Alguns dos exemplos de vulcões deste tipo são o Teide na Espanha, o Monte Fuji no Japão, o Cotopaxi no Equador, o Vulcão Mayon nas Filipinas e o Monte Rainier nos EUA. Por outro lado, esses edifícios vulcânicos são os mais mortíferos da Terra, envolvendo a perda da vida de aproximadamente 264000 pessoas desde o ano de 1500.

Caldeiras ressurgentes: são as maiores estruturas vulcânicas da Terra, possuindo diâmetros que variam entre 15 e 100 km². À parte de seu grande tamanho, caldeiras ressurgentes são amplas depressões topográficas com uma massa elevada central. Exemplos dessas estruturas são a Valles (EUA), Yellowstone (EUA) e Cerro Galan (Argentina).

Vulcões submarinos: são aqueles que estão abaixo da água. São bastante comuns em certos fundos oceânicos, principalmente na dorsal meso-atlântica. São responsáveis pela formação de novo fundo oceânico em diversas zonas do globo. Um exemplo deste tipo de vulcão é o vulcão da Serreta no Arquipélago dos Açores.

2.2 - Génese dos vulcões

Os movimentos e a dinâmica do magma, tal como a maior parte do interior da Terra, ainda são pouco conhecidos. No entanto é sabido que uma erupção é precedida de movimentos de magma do interior da Terra até à camada externa sólida (crosta terrestre) ocupando uma câmara magmática debaixo de um vulcão. Eventualmente o magma armazenado na câmara magmática é forçado a subir e é extruído e escorre pela superfície do planeta como lava, ou o magma pode aquecer água nas zonas próximas causando descargas explosivas de vapor; pode acontecer também que os gases que se libertam do magma projetem rochas, piroclastos, obsidianas e/ou cinzas vulcânicas. Apesar de serem sempre forças muito poderosas, as erupções podem variar de efusivas a extremamente explosivas.

A maioria dos vulcões terrestres tem origem nos limites destrutivos das placas tectônicas, onde a crosta oceânica é forçada a mergulhar por baixo da crosta continental, dado que esta é menos densa do que a oceânica. A fricção e o calor causados pelas placas em movimento leva ao afundamento da crosta oceânica, e devido à baixa densidade do magma resultante este sobe. À medida que o magma sobe através de zonas de fratura na crosta terrestre, pode eventualmente ser expelido em um ou mais vulcões. Um exemplo deste tipo de vulcão é o Monte Santa Helena nos EUA, que se encontra na zona interior da margem entre a placa Juan de Fuca que é oceânica e a placa Norte-americana.


2.3 - Ambientes tectónicos

Os vulcões encontram-se principalmente em três tipos principais de ambientes tectónicos:

Limites construtivos das placas tectónicas

Este é o tipo mais comum de vulcões na Terra, mas são também os observados menos frequentemente dado que a sua atividade ocorre maioritariamente abaixo da superfície dos oceanos. Ao longo do sistema de riftes oceânicos ocorrem erupções espaçadas irregularmente. A grande maioria deste tipo de vulcões é apenas conhecida devido aos sismos associados às suas erupções, ou ocasionalmente, se navios que passam nos locais onde existem, registam elevadas temperaturas ou precipitados químicos na água do mar. Em alguns locais a atividade dos riftes oceânicos levou a que os vulcões atingissem a superfície oceânica: a Ilha de Santa Helena e a Ilha de Tristão da Cunha no Oceano Atlântico e as Galápagos no Oceano Pacífico, permitindo que estes vulcões sejam estudados em pormenor. A Islândia também se encontra num rifte, mas possui características diferentes das de um simples vulcão. Os magmas expelidos neste tipo de vulcões são chamados de MORB (do inglês Mid-Ocean Ridge Basalt que significa: "basalto de rifte oceânico") e são geralmente de natureza basáltica.

Limites destrutivos das placas tectónicas:

Estes são os tipos de vulcões mais visíveis e bem estudados. Formam-se acima das zonas de subducção onde as placas oceânicas mergulham debaixo das placas terrestres. Os seus magmas são tipicamente "calco-alcalinos" devido a serem originários das zonas pouco profundas das placas oceânicas e em contacto com sedimentos. A composição destes magmas é muito mais variada do que a dos magmas dos limites construtivos.

Hot spots ou pontos quentes:
Os vulcões de hot spots eram originalmente vulcões que não poderiam ser incluídos nas categorias acima referidas. Nos dias de hoje os hot spots referem-se a uma situação bastante mais específica - uma pluma isolada de material quente do manto que intercepta a zona inferior da crosta terrestre (oceânica ou continental), conduzindo à formação de um centro vulcânico que não se encontra ligado a um limite de placa. O exemplo clássico é a cadeia havaiana de vulcões e montes submarinos; o Yellowstone é também tido como outro exemplo, sendo a intercepção neste caso com uma placa continental. A Islândia e os Açores são por vezes citados como outros exemplos, mas bastante mais complexos devido à coincidência do rift médio Atlântico com um hot spot. Não há consenso acerca do conceito de "hotspot", uma vez que os vulcanólogos não são consensuais acerca da origem das plumas "quentes do manto": se têm origem no manto superior ou no manto inferior. Estudos recentes levam a crer que vários subtipos de hot spots irão ser identificados.

Previsão de erupções:

A ciência ainda não é capaz de prever com certeza absoluta quando um vulcão irá entrar em erupção, mas grandes progressos têm sido feitos no cálculo das probabilidades de tal evento ter lugar ou não num espaço de tempo relativamente curto. Os seguintes fatores são analisados de forma a ser possível prever uma erupção:

Sismicidade:

Microssismos e sismos de baixa magnitude ocorrem sempre que um vulcão "acorda" e a sua entrada em erupção se aproxima no tempo. Alguns vulcões possuem normalmente atividade sísmica de baixo nível, mas um aumento significativo desta mesma atividade poderá preceder uma erupção. Outro sinal importante é o tipo de sismos que ocorrem. A sismicidade vulcânica divide-se em três grandes tipos: tremores de curta duração, tremores de longa duração e tremores harmónicos. Os tremores de curta duração são semelhantes aos sismos tectónicos. São resultantes da fraturação da rocha devido aos movimentos ascendentes do magma. Este tipo de sismicidade revela um aumento significativo da dimensão do corpo magmático próximo da superfície. Crê-se que os tremores de longa duração indicam um aumento da pressão de gás na estrutura do vulcão. Podem ser comparados ao ruído e vibração que por vezes ocorre na canalização em casas. Estas oscilações são o equivalente às vibrações acústicas que ocorrem no contexto de uma câmara magmática de um vulcão. Os tremores harmónicos ocorrem devido ao movimento de magma abaixo da superfície. A libertação contínua de energia deste tipo de sismicidade contrasta com a libertação contínua de energia que ocorre num sismo associado ao movimento de falhas tectónicas. Os padrões de sismicidade são geralmente complexos e de difícil interpretação. No entanto, um aumento da atividade sísmica num aparelho vulcânico é preocupante, especialmente se sismos de longa duração se tornam muito frequentes e se tremores harmónicos ocorrem.

Emissões gasosas:

À medida que o magma se aproxima da superfície a sua pressão diminui, e os gases que fazem parte da sua composição libertam-se gradualmente. Este processo pode ser comparado ao abrir de uma lata de um refrigerante com gás, quando o dióxido de carbono escapa. O dióxido de enxofre é um dos principais componente dos gases vulcânicos, e o seu aumento precede a chegada de magma próximo da superfície. Por exemplo, a 13 de Maio de 1991, 500 toneladas de dióxido de enxofre foram libertadas no Monte Pinatubo nas Filipinas. As emissões de dióxido de enxofre chegaram num curto espaço de tempo às 5 000 toneladas. O Monte Pinatubo entrou em erupção a 12 de Junho de 1991.

Deformação do terreno:

A deformação do terreno na área do vulcão significa que o magma encontra-se acumulado próximo da superfície. Os cientistas monitorizam os vulcões ativos e medem frequentemente a deformação do terreno que ocorre no vulcão, tomando especial cuidado com a deformação acompanhada de emissões de dióxido de enxofre e tremores harmónicos, sinais que tornam bastante provável um evento eminente.

Comportamento dos vulcões

Erupções freáticas (vapor).
Erupções explosivas de lava rica em sílica (e.g. riolito).
Erupções efusivas de lava pobre em sílica (e.g. Basalto).
Escoadas piroclásticas.
Lahars.
Emissões de dióxido de carbono.

Todas estas atividades podem ser um perigo potencial para o Homem. Para além disso a atividade vulcânica é muitas vezes acompanhada por sismos, águas termais, fumarolas e gêisers, entre outros fenómenos. As erupções vulcânicas são frequentemente precedidas por sismos de magnitude pouco elevada.

Ativos, dormentes ou extintos?

Não existe um consenso entre os vulcanologistas para definir o que é um vulcão "ativo". O tempo de vida de um vulcão pode ir de alguns meses até alguns milhões de anos. Por exemplo, em vários vulcões na Terra ocorreram várias erupções nos últimos milhares de anos mas atualmente não dão sinais de atividade.
Alguns cientistas consideram um vulcão ativo quando está em erupção ou mostra sinais de instabilidade, nomeadamente a ocorrência pouco usual de pequenos sismos ou novas emissões gasosas significativas. Outros consideram um vulcão ativo aquele que teve erupções históricas. É de salientar que o tempo histórico varia de região para região. Enquanto que no Mediterrâneo este pode ir até 3000 anos atrás, no Pacífico Noroeste dos Estados Unidos vai apenas até 300 anos atrás. Vulcões dormentes são considerados aqueles que não se encontram atualmente em actividade (como foi definido acima) mas que poderão mostrar sinais de perturbação e entrar de novo em erupção. Os vulcões extintos são aqueles que os vulcanólogos consideram pouco provável que entrem em erupção de novo, mas não é fácil afirmar com certeza que um vulcão está realmente extinto. As caldeiras têm tempo de vida que pode chegar aos milhões de anos, logo é difícil determinar se um irá voltar ou não a entrar em erupção, pois estas podem estar dormentes por vários milhares de anos. Por exemplo a caldeira de Yellowstone, nos Estados Unidos, tem pelo menos 2 milhões de anos e não entrou em erupção nos últimos 640.000 anos, apesar de ter havido alguma actividade há cerca de 70.000 anos. Por esta razão os cientistas não consideram a caldeira de Yellowstone um vulcão extinto. Pelo contrário, esta caldeira é considerada um vulcão bastante ativo devido à atividade sísmica, geotermia e à elevada velocidade do levantamento do solo na zona.

Alguns vulcões na Terra

Ojos del Salado (Andes, Chile Maior vulcão da Terra)
Monte Baker (Washington, EUA)
Vulcão de Cold Bay (Alasca, EUA)
El Chichon (Chiapas, México)
Pico de Orizaba (Veracruz/Puebla, México)
Cotopaxi (Equador)
Monte Fuji (Honshu, Japão)
Monte Hood (Oregon, EUA)
Monte Erebus (Ilha de Ross, Antártica)
Etna (Sicília, Itália)
Krafla (Islândia)
Hekla (Islândia)
Kick-'em-Jenny (Granada)
Kilauea (Havai, EUA)
Vulcão das Furnas (Ilha de São Miguel, Açores)
Klyuchevskaya Sopka (Kamchatka, Rússia)
Krakatoa (Rakata, Indonésia)
Mauna Kea (Havai, EUA)
Mauna Loa (Havai, EUA)
El Misti (Arequipa, Peru)
Novarupta (Alasca, EUA)
Pico (Ilha do Pico, Açores, Portugal)
Paricutín (Michoacán, México)
Monte Pinatubo (Filipinas)
Popocatépetl (México-Puebla, México)
Santorini (Santorini, Grécia)
Soufrière Hills , (Montserrat)
Monte Rainier (Washington, EUA)
Vulcão do Fogo (Ilha de São Miguel, Açores, Portugal)
Vulcão da Serreta, (Açores)
Vulcão da Urzelina, (Açores)
Monte Shasta (Califórnia, EUA)
Monte Santa Helena (Washington, EUA)
Surtsey (Islândia)
Tambora (Sumbava, Indonésia)
Teide (Tenerife, Ilhas das Canárias, Espanha)
White Island (Baía de Plenty, Nova Zelândia)
Vesúvio,(Baía de Nápoles, na Itália)
Mendanha - inativo -, Serra do Mendanha, Rio de Janeiro, Brasil)
São Domingos - inativo -, Serra de São Domingos, Poços de Caldas, Brasil

Vulcões em outros locais do sistema solar:

A Lua não possui grandes vulcões e não é geologicamente ativa, mas nela existem várias estruturas vulcânicas. Por outro lado crê-se que o planeta Vénus seja geologicamente ativo, sendo cerca de 90% da sua superfície constituída por basalto o que leva a crer que o vulcanismo desempenha um papel importante na modelagem da superfície volumosa do planeta. As escoadas lávicas estão bastante presentes e muitas das estruturas da superfície de Vénus são atribuídas a formas de vulcanismo que não se encontram na Terra. Outros fenómenos do planeta Vénus são atribuídos a erupções vulcânicas, tais como as mudanças na atmosfera do planeta e a observação de relâmpagos.

No planeta Marte existem vários vulcões extintos, sendo quatro dos quais grandes vulcões-escudo, largamente maiores do que qualquer um existente na Terra:

Monte Arsia
Monte Ascraeus
Hecates Tholus
Monte Olimpus
Monte Pavonis


PLACAS TECTÔNICAS


ERUPÇÃO VULCÂNICA


ESTRUTURA DE UM VULCÂO
* NOTA: NESSA PÁGINA VOCÊ ENCONTRA VIDEOS DE ERUPÇÕES VULCÂNICAS, OBSERVE A DIREITA.
(Fonte: WWW.WIKIPEDIA.COM.BR - WWW.GEOCITIES.COM.BR)

3 - FURACÕES:

De acordo com o Centro Nacional de Furacões dos EUA, "furacão" é um nome para um ciclone tropical que ocorre no Oceano Atlântico. "Ciclone tropical" é o termo genérico usado para sistemas de baixa pressão que se desenvolvem nos trópicos.

"Ciclones tropicais com ventos máximos de superfície com menos de 17 metros por segundo (62,7 km/h) são chamados de depressões tropicais. Assim que o ciclone tropical atinge ventos de 17 m/s, ele é chamado de tempestade tropical e recebe um nome (em inglês). Se os ventos chegarem a 33 m/s (119 km/h), então ele é chamado de "furacão".
Os furacões são definidos pelas seguintes características:

eles são tropicais, o que significa que são gerados em áreas tropicais do oceano próximas à linha do Equador;
são ciclônicos, o que significa que seus ventos fazem um turbilhão ao redor de um olho central. A direção do vento é anti-horária (oeste para leste) no hemisfério norte e horária (de leste para oeste) no hemisfério sul;
eles constituem sistemas de baixa pressão. O olho de um furacão é sempre uma área de baixa pressão. As menores pressões barométricas já registradas ocorreram no interior de furacões;
os ventos turbilhonam ao redor do centro da tempestade com uma velocidade de pelo menos 119 km/h.

Como se forma um furacão:

Os furacões se formam em regiões tropicais onde há água aquecida (no mínimo 27°C), umidade atmosférica e ventos equatoriais convergentes. A maioria dos furacões do Atlântico se inicia ao longo da costa ocidental da África, começando como tempestades violentas que se movem sobre as águas quentes do oceano tropical. Uma tempestade atinge o status de furacão em três estágios:

Depressão tropical: turbilhão de nuvens e chuva com ventos de velocidade inferior a 61 km/h.
Tempestade tropical: velocidade do vento de 61 a 118 km/h.
Furacão: velocidade do vento acima de 119 km/h.

Pode levar de algumas horas a vários dias para que uma tempestade intensa se transforme em um furacão. Apesar de todo o processo de formação do furacão não ser inteiramente compreendido, é necessário que ocorram três eventos para que os furacões se formem:

um ciclo de evaporação-condensação prolongado de ar oceânico quente e úmido;
padrões de ventos caracterizados por ventos convergentes na superfície e ventos fortes e de velocidade uniforme em maiores altitudes;
uma diferença de pressão do ar (gradiente de pressão) entre a superfície e a grande altitude.

O ar quente e úmido proveniente da superfície do oceano começa a se elevar rapidamente. À medida que esse ar quente se eleva, seu vapor d'água se condensa para formar nuvens de tempestade e gotas de chuva. A condensação libera o calor chamado calor latente de condensação. Esse calor latente aquece o ar frio nas alturas, fazendo com que ele suba. Esse ar que se eleva é substituído por mais ar quente e úmido proveniente do oceano abaixo. Esse ciclo continua, arrastando mais ar quente e úmido para a tempestade que se desenvolve e movendo continuamente o calor da superfície para a atmosfera. Essa troca térmica proveniente da superfície cria um padrão de vento que circula ao redor de um centro. Essa circulação é similar àquela da água que escoa por um ralo.
Ventos convergentes são ventos que se movem em direções diferentes. Os ventos convergentes na superfície colidem e empurram o ar quente e úmido para cima. Esse ar ascendente intensifica o ar que já está subindo da superfície, de modo que a circulação e as velocidades dos ventos da tempestade aumentam. Nesse meio tempo, os fortes ventos que sopram em velocidades uniformes nas altitudes mais elevadas (até 9 mil metros) ajudam a remover o ar quente ascendente do centro da tempestade, o que sustenta o movimento contínuo do ar quente proveniente da superfície e mantém a tempestade estruturada. Se os ventos de grande altitude não soprarem na mesma velocidade em todos os níveis (se houver cisalhamento do vento), a tempestade perderá a estrutura e se enfraquecerá. O ar sob alta pressão na atmosfera superior (acima de 9 mil metros) acima do centro da tempestade também remove calor do ar ascendente, intensificando ainda mais o ciclo do ar e o crescimento do furacão. À medida que o ar sob alta pressão é sugado para o centro de baixa pressão da tempestade, a velocidade dos ventos aumenta.

Partes de um furacão
Assim que o furacão se forma, ele possui três partes principais:

Olho: o centro de baixa pressão e tranqüilo da circulação.
Parede do olho: área ao redor do olho com os ventos mais rápidos e violentos.
Raias de chuva: raias de tempestades violentas que circulam para fora do olho e que são parte do ciclo de evaporação/condensação que alimenta a tempestade.
( Fonte: www.ciencia.hsw.uol.com.br/furacoes.htm)


IMAGEM DE FURACÃO TIRADA DE SATÉLITE.


FURACÃO KATRINA QUE DEVASTOU NOVA ORLEAENS / E.U.A


DESTRUIÇÃO CAUSADA POR FURACÃO.
(Fonte: www.wikipedia.com.br)

Nenhum comentário:

Postar um comentário