Fim de ano, festas, confraternizações, alegria é natal. O nascimento do filho de Deus, mas será que em todo o mundo o natal é visto da mesma forma como no Brasil?. O ano de 2009 se finda e esse blog procurou ser uma fonte de consultas para alunos e amigos que o acessaram, e todos aqueles que se interessam pela geografia. Foram mais de treze mil acessos desde o dia 19 de abril, muitos pesquisaram e apresentaram trabalhos escolares baseados nesta singela página criada para ser ferramenta e instrumento de crescimento do aprendizado. como pauta para a última postagem do ano, escolhi o natal, apresentando-o de uma forma geográfica onde procuro mostrar as formas diferentes como o mesmo é encarado em várias partes do mundo.
África do Sul:
O natal na África do Sul acontece durante o verão, quando as temperaturas podem passar dos 30 graus. Devido ao calor, a ceia de natal acontece em uma mesa colocada no jardim ou no quintal. Tal como na maioria dos países, tradições como árvores de natal e presentes de natal são quase obrigatórias.
Austrália:
Na Austrália o natal é usado para lembrar as raízes britânicas do país. Tal como na Inglaterra, a ceia de natal inclui o tradicional peru e os presentes de natal são dados na manhã do dia 25. Uma curiosidade: devido ao calor alguns australianos comemoram o natal na praia.
China:
As casas são enfeitadas com lanternas e árvores de Natal com correntes e flores de papel. As crianças penduram meias e esperam pelo Papai Noel. A grande maioria dos chineses não é cristã, sendo que a maior celebração do inverno é o Ano Novo Chinês, no fim de janeiro. Nessa data, as crianças recebem roupas e brinquedos novos e são servidos pratos especiais.
Estados Unidos:
A época de festejos natalinos fazem com que os Estados Unidos fique repleto de cor e brilho. Algumas semanas antes do Natal, milhões de pessoas percorrem as lojas em busca dos presentes para a família. As decorações das lojas e Shopping Centers são conhecidas mundialmente. O clima natalino pode ser sentido nas casas, com decorações com lâmpadas coloridas, bonecos de neve, velas e guirlandas feitas de plantas verdes, completando assim uma estação de muita alegria. Na véspera de Natal vizinhos se unem para cantar canções de Natal, mostrando o espírito de confraternização. As crianças penduram meias na lareira e na manhã do dia 25 de dezembro abrem os presentes. O prato típico americano é o peru recheado acompanhado de frutas tropicais.
Finlândia:
Na Finlândia há a estranha tradição natalina de freqüentar saunas na véspera de natal. Outra tradição natalina na Finlândia é visitar cemitérios para homenagear os entes falecidos.
Japão:
O Natal no Japão é cheio de significados e a troca de presentes é fortemente apreciada pelos japoneses. As crianças adoram conhecer a história do nascimento de Jesus em uma manjedoura porque é quando travam contato com a idéia de "berço" já que os bebês japoneses não dormem neles.
Índia:
Os cristãos na Índia decoram pés de manga e bananeiras no Natal. Algumas pessoas decoram suas casas com folhas de manga. Em partes da Índia, pequenas lâmpadas de argila são acesas com óleo e servem também para decorar a casa.
Inglaterra:
Na Inglaterra as tradições natalinas são levadas muito à sério. Não é à toa, já que o país comemora o natal há mais de 1000 anos. Presentes de natal, pinheirinhos decorados e músicas natalinas são mais comuns na Inglaterra que em qualquer outro país do mundo.
Iraque:
Para os poucos cristãos residentes no Iraque a principal tradição natalina é uma leitura da bíblia feita em família. Há também o “toque da paz”, que segundo a tradição natalina do Iraque, é uma benção que as pessoas recebem de um padre.
Itália:
A principal entrega de presentes é no dia 6 de janeiro, em lembrança à visita dos Reis Magos ao menino Jesus. As crianças esperam a visita da Befana que traz presentes para os bons e castigo para os maus meninos. De acordo com a lenda, os três Reis Magos pararam durante a ida até Belém e pediram comida e abrigo a uma velha senhora. Ela negou ajuda e então eles seguiram a viagem com fome e cansados. A velha senhora sentiu depois um aperto no coração, mas os Reis Magos já estavam muito longe. A lenda conta que A Befana ainda vaga pelo mundo procurando o menino Jesus e tem várias formas: uma rainha, uma fada, uma velha ou uma bruxa.
Rússia:
Na Rússia o natal é comemorado no dia 7 de janeiro,13 dias depois do natal ocidental. Uma curiosidade é que, durante o regime comunista, as árvores de natal foram banidas da Rússia e substituídas por árvores de ano novo. Segundo a tradição natalina dos russos, a ceia deve ter muito mel, grãos e frutas, mas nenhuma carne.
Suécia:
As festas de Natal começam no dia 6 de dezembro, dia de São Nicolau. Nesse dia as crianças escrevem suas cartas de pedidos, que São Nicolau troca por um saquinho de balas ou nozes. Os presentes chegam no dia 25. Na noite de Natal, a filha mais velha se veste de branco com uma faixa vermelha amarrada na cintura e uma grinalda de folhas verdes com sete velas acesas na cabeça. Ela leva cuidadosamente café e bolinhos para cada membro da família aos seus quartos.
Portugal:
Em Portugal o Natal é igual ao nosso, com missa e ceia. As crianças esperam pelos presentes que Papai Noel vai colocar em seus sapatos e tanto a ceia como o almoço do dia 25 são dados normalmente na casa dos parentes mais velhos.
Israel:
Em Belém, a cidade onde Jesus nasceu, o Natal é comemorado com peregrinos e tribos árabes da região, que se ajoelham na cripta da capela dos franciscanos para adorar um berço. Segundo a tradição, esse é o berço de Jesus, que é conservado na igreja e apenas montado na noite de 24 para 25 de dezembro. Depois que termina a missa, os franciscanos oferecem uma ceia aos peregrinos: apenas pão preto acompanhado de vinho.
Veja como falar "Feliz Natal" em diversos idiomas:
Arábia "Milad Majid" ou "Milad Saeed"
Argentina "Feliz Navidad"
Armênia "Shenoraavor Nor Dari yev Pari Gaghand"
Bulgária "Tchestita Koleda" ou "Tchestito Rojdestvo Hristovo"
Camboja "Soursdey Noel"
China (Mandarin) "Sheng Dankuai Le"
China (Cantonês) "Sing Daan Faai Lok"
Croácia "Sretan Bozic"
Dinamarca "Glædelig Jul"
Holanda "Vrolijk Kerstfeest"
Inglaterra "Merry Christmas"
Estônia "Roomsaid Joulu Puhi"
Filipinas "Maligayang Pasko"
Finlândia "Hauskaa Joulua"
França "Joyeux Noël"
Alemanha "Froehliche Weihnachten"
Grécia "Kala Christouyenna"
Havaí "Mele Kalikimaka"
Israel "Mo'adim Lesimkha. Chena tova"
Índia "Shub Naya Baras"
Islândia "Gledileg Jol"
Indonésia "Selamat Hari Natal"
Iraque "Idah Saidan Wa Sanah Jadidah"
Itália "Buon Natale"
Japão "Meri Kurisumasu"
Coréia "Sung Tan Jul Chuk Ha"
Lituânia "Linksmu Kaledu"
Malaia "Selamat Hari Natal dan Tahun Baru"
Nova Guiné "Meri Christmas"
Noruega "Gledelig Jul"
Peru "Felices Fiestas" ou "Feliz Navidad"
Polônia "Wesolych Swiat Bozego Narodzenia"
Portugal "Feliz Natal"
Romênia "Sarbatori Fericite"
Rússia "S Rozhdestvom Kristovym"
Sérvia "Hristos se rodi"
Escócia "Nollaig chridheil huibh"
Eslováquia "Vesele Vianoce. A stastlivy Novy Rok"
Eslovênia "Srecen Bozic"
Espanha "Feliz Navidad"
Suécia "God Jul"
Taití "Ia ora'na no te noere"
Tailândia "Suksan Christmas"
Turquia "Noeliniz Ve Yeni Yiliniz Kutlu Olsun"
Ucrânia "Z Rizdvom Krystovym" ou "Veselogo Rizdva""
Paquistão "Shadae Christmas"
Vietnã "Chuc Mung Giang Sinh"
(Fonte: www.homemsonhador.com/curiosidadesnatalinas.htm)
terça-feira, 15 de dezembro de 2009
quinta-feira, 12 de novembro de 2009
A COLONIZAÇÃO PORTUGUESA NA ÁFRICA - ANGOLA
A colonização portuguesa de África foi o resultado dos descobrimentos e começou com a ocupação das Ilhas Canárias ainda no princípio do século XIV. A primeira ocupação violenta dos portugueses em África foi a conquista de Ceuta em 1415. Mas a verdadeira "descoberta" de África iniciou-se um pouco mais tarde, mas ainda no século XV. Em 1444, Dinis Dias descobre Cabo Verde e segue-se a ocupação das ilhas ainda no século XV, povoamento este que se prolongou até ao século XIX.
Durante a segunda metade do século XV os portugueses foram estabelecendo feitorias nos portos do litoral oeste africano. No virar do século, Bartolomeu Dias dobrou o Cabo da Boa Esperança, abrindo as portas para a colonização da costa oriental da África pelos europeus.
A partir de meados do século XVI, os ingleses, os franceses e os holandeses expulsam os portugueses das melhores zonas costeiras para o comércio de escravos. Portugal e Espanha conservam antigas colônias. Os portugueses continuam com Cabo Verde, São Tomé e Príncipe, Guiné-Bissau, Angola e Moçambique.
Angola, país da África Austral foi uma colónia portuguesa até 11 de Novembro de 1975, quando conseguiu à independência após uma guerra de libertação. Os portugueses, sob o comando de Diogo Cão, no reinado de D. João II, chegam ao Zaire em 1484. É a partir daqui que se iniciará a conquista pelos portugueses desta região de África, incluindo Angola. O primeiro passo foi estabelecer uma aliança com o Reino do Congo, que dominava toda a região. Ao sul deste reino existiam dois outros, o de Ndongo e o de Matamba, os quais não tardaram a fundir-se, para dar origem ao reino de Angola.
Explorando as rivalidades e conflitos entre estes reinos, na segunda metade do século XVI os portugueses instalaram-se na região de Angola. O primeiro governador de Angola, Paulo Dias de Novais, procurou delimitar este vasto território e explorar os seus recursos naturais, em particular os escravos. A penetração para o interior foi muito limitada. Em 1576 funda-se São Paulo da Assunção de Luanda, a atual cidade de Luanda. Angola transforma-se rapidamente no principal mercado abastecedor de escravos para as plantações da cana-de-açúcar do Brasil. Até finais do século XVIII, Angola funciona como um reservatório de escravos para as plantações e minas do Brasil ou de outra colônias do continente americano. A ocupação dos portugueses não vai muito mais além das fortalezas da costa.
A colonização efetiva do interior só se inicia no século XIX, após a independência do Brasil (1822) e o fim do tráfico de escravos (1836-42), mas não da escravatura. Esta ocupação do interior tinha o caráter de uma resposta às pretensões de outras potências europeias, como a Inglaterra, a Alemanha e a França, que reclamavam na altura o seu quinhão na África. Diversos tratados são firmados estabelecendo os territórios que a cada uma cabem, de acordo com o seu poder e habilidade negocial.Devido à ausência de vias de comunicação terrestes, as campanhas de ocupação do interior são feitas através dos cursos fluviais: Bacia do Cuango (1862), Bacia do Cuanza (1895, 1905 e 1908); Bacia do Cubango (1886-1889, 1902 e 1906); Bacia do Cunene (1906-1907); Bacia do Alto Zambeze (1895-1896); Entre Zeusa e Dande (1872-1907), etc. As fronteiras de Angola só são definidas em finais do século XIX.
A colonização de Angola, após a implantação de um regime republicano em Portugal (1910), entra numa nova fase. Os republicanos haviam criticado duramente os governos monárquicos por terem abandonado as colónias. O aspecto mais relevante da sua ação circunscreveu-se à criação de escolas. O desenvolvimento económico só se inicia de forma sistemática, em finais da década de 1930, quando se incrementa a produção de café, sisal, cana do açúcar, milho e outros produtos. Trata-se de produtos destinados à exportação. A exportação da cana do açúcar, em 1914, pouco ultrapassava as 6 milhões de toneladas. Em 1940 atingia já 4 bilhões de toneladas exportadas.[carece de fontes?] As fazendas e a indústria concentraram-se à volta das cidades de Luena e de Benguela. A exportação de sisal desenvolve-se durante a Segunda Guerra Mundial (1939-1945). Em 1920, foram exportadas pouco mais que que 62 toneladas , mas em 1941 atingia-se já as 3.888. Dois anos depois, 12.731 toneladas. Em 1973 situavam-se nas 53.499. Estas plantações situavam-se no planalto do Huambo, do Cubal para Leste, nas margens da linha férrea do Dilolo, Bocoió, Balumbo, Luimbale, Lepi, Sambo, mas também no Cuinha do norte e Malange.
Abre-se um novo ciclo económico em Angola, que se prolonga até 1972, quando a exploração petrolífera em Cabinda começar a dar os seus resultados. A subida da cotação do café no mercado mundial, a partir de 1950, contribuiu decisivamente para o aumento vertiginoso desta produção. Em 1900, as exportações pouco ultrapassaram as 5.800 milhões de toneladas. Em 1930 atingiam as 14.851.Em 1943 subiam para 18.838. A partir daqui o crescimento foi vertiginoso. Em 1968 forma exportadas 182.954 e quatro anos depois, 218.681 toneladas. Para além destes produtos, desenvolve-se a exploração dos minérios de ferro. Em 1957 funda-se a Companhia Mineira do Lobito, que explorava as minas de Jamba, Cassinga e Txamutete. Exploração que cedeu depois à Brasileira Krupp. O desenvolvimento destas explorações, foi acompanhado por vagas de imigrantes incentivados e apoiados muitas vezes pelo próprio Estado. Entre 1941 e 1950, saíram de Portugal cerca de 110 mil imigrantes com destino às colónias, a maioria fixou-se em Angola. O fluxo imigratório prosseguiu nos anos 1950 e 60. Na década de 1950, a questão da descolonização das colónias africanas emerge no plano internacional e torna-se uma questão incontornável. Em 1956 é publicado o primeiro manifesto do Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA).
No princípio dos anos 1960, três movimentos de libertação (UPA/FNLA, MPLA e UNITA) desencadearam uma luta armada contra o colonialismo português. O governo de Portugal (uma ditadura desde 1926), recusou-se a dialogar e prosseguiu na defesa até ao limite do último grande império colonial europeu. Para África foram mobilizados centenas de milhares de soldados. Enquanto durou o conflito armado, Portugal procurou consolidar a sua presença em Angola, promovendo a realização de importantes obras públicas. A produção industrial e agrícola conheceram neste território um desenvolvimento impressionante. A exploração do petróleo de Cabinda iniciou-se em 1968, representando em 1973 cerca de 30% das receitas das exportações desta colónia. Entre 1960 e 1973 a taxa de crescimento do PIB (produto Interno Bruto) de Angola foi de 7% ao ano.
Na sequência após a derrubada da ditadura em Portugal (25 de Abril de 1974), abriram-se perspectivas imediatas para a independência de Angola. O novo governo revolucionário português abriu negociações com os três principais movimentos de libertação (MPLA – Movimento Popular de Libertação de Angola, FNLA – Frente Nacional de Libertação de Angola e UNITA – União Nacional para a Independência Total de Angola), o período de transição e o processo de implantação de um regime democrático em Angola (Acordos de Alvor, Janeiro de 1975).
A independência de Angola não foi o início da paz, mas o início de uma nova guerra aberta. Muito antes do Dia da Independência, a 11 de Novembro de 1975, já os três grupos nacionalistas que tinham combatido o colonialismo português lutavam entre si pelo controlo do país, e em particular da capital, Luanda. Cada um deles era na altura apoiado por potências estrangeiras, dando ao conflito uma dimensão internacional. A União Soviética e principalmente Cuba apoiavam o MPLA, que controlava a cidade de Luanda e algumas outras regiões da costa, nomeadamente o Lobito e Benguela. Os cubanos não tardaram a desembarcar em Angola (5 de Outubro de 1975). A África do Sul apoiava a UNITA e invadiu Angola (9 de Agosto de 1975). O Zaire, que apoiava a FNLA, invadiu também este país, em Julho de 1975. A FNLA contava também com o apoio da China, mercenários portugueses e ingleses mas também com o apoio da África do Sul. Os EUA, que apoiaram inicialmente apenas a FNLA, não tardaram a ajudar também a UNITA. Neste caso, o apoio manteve-se até 1993. A sua estratégia foi durante muito tempo dividir Angola. Em Outubro de 1975, o transporte aéreo de quantidades enormes de armas e soldados cubanos, organizado pelos soviéticos, mudou a situação, favorecendo o MPLA. As tropas sul-africanas e zairenses retiraram-se e o MPLA conseguiu formar um governo socialista uni-partidário. O Brasil rapidamente estabeleceu relações diplomáticas com a nova República que se instalara. Fez isso antes mesmo de qualquer país do bloco comunista. Nenhum país ocidental ou mesmo africano seguiu o seu exemplo. A decisão de reconhecer como legítimo o governo de Agostinho Neto foi tomada pelo então presidente Ernesto Geisel ainda em 6 de Novembro, antes da data oficial de Independência de Angola. Já em 1976, as Nações Unidas reconheciam o governo do MPLA como o legítimo representante de Angola, o que não foi seguido nem pelos EUA, nem pela África do Sul. No meio do caos que Angola se havia tornado, cerca de 800 mil portugueses abandonaram este país entre 1974 e 1976, o que agravou de forma dramática a situação económica. A 27 Maio de 1977, um grupo do MPLA encabeçado por Nito Alves, desencadeou um golpe de Estado que ficou conhecido como Fraccionismo, terminando num banho de sangue que se prolongou por dois anos. Em Dezembro, no rescaldo do golpe, o MPLA realizou o seu 1º Congresso, onde se proclamou como sendo um partido Marxista-Leninista, adoptando o nome de MPLA-Partido do Trabalho.
A guerra continuava a alastrar por todo o território. A UNITA e a FNLA juntaram-se então contra o MPLA. A UNITA começou por ser expulsa do seu quartel-general no Huambo, sendo as suas forças dispersas e impelidas para o mato. Mais tarde, porém, o partido reagrupou-se, iniciando uma guerra longa e devastadora contra o governo do MPLA. A UNITA apresentava-se como sendo anti-marxista e pró-ocidental, mas tinha também raízes regionais, principalmente na população Ovimbundu do sul e centro de Angola. Agostinho Neto morreu em Moscou a 10 de Setembro de 1979, sucedendo-lhe no cargo o ministro da Planificação, o engenheiro José Eduardo dos Santos. No início da década de 1980, o número de mortos e refugiados não parou de aumentar. As infra-estruturas do país eram consecutivamente destruídas. Os ataques da África do Sul não paravam. Em agosto de 1981, lançaram a operação "Smokeshell" utilizando 15.000 soldados, blindados e aviões, avançando mais de 200 km na província do Cunene (sul de Angola). O governo da África do Sul justificou a sua acção afirmando que na região estavam instaladas bases dos guerrilheiros da SWAPO, o movimento de libertação da Namíbia. Na realidade tratava-se de uma acção de apoio à UNITA, tendo em vista a criação de uma "zona libertada" sob a sua administração. Estes conflitos só terminaram em Dezembro de 1988, quando em Nova Iorque foi assinado um acordo tripartido (Angola, África do Sul e Cuba) que estabelecia a Independência da Namíbia e a retirada dos cubanos de Angola. A partir de 1989, com a queda do bloco da ex-União Soviética, sucederam-se em Angola os acordos de paz entre a UNITA e o MPLA, seguidos do recomeço das hostilidades. Em Junho de 1989, em Gbadolite (Zaire), a UNITA e o MPLA estabeleceram uma nova trégua. A paz apenas durou dois meses. Em fins de Abril de 1990, o governo de Angola anunciou o reinício das conversações directas com a UNITA, com vista ao estabelecimento do cessar-fogo. No mês seguinte, a UNITA reconhecia oficialmente José Eduardo dos Santos como o Chefe de Estado angolano. O desmoronar da União Soviética acelerou o processo de democratização. No final do ano, o MPLA anunciava a introdução de reformas democráticas no país. A 11 de Maio de 1991, o governo publicou uma lei que autorizava a criação de novos partidos, pondo fim ao monopartidarismo. A 22 de Maio os últimos cubanos saíram de Angola. Em 31 de maio de 1991, com a mediação de Portugal, EUA, União Soviética e da ONU, celebraram-se os acordos de Bicesse (Estoril), terminando com a guerra civil desde 1975, e marcando as eleições para o ano seguinte.
As eleições de Setembro de 1992, deram a vitória ao MPLA (cerca de 50% dos votos). A UNITA (cerca de 40% dos votos) não reconheceu os resultados eleitorais. Quase de imediato sucedeu-se um banho de sangue, reiniciando-se o conflito armado, primeiro em Luanda, mas alastrando-se rapidamente ao restante território. A UNITA restabeleceu primeiramente a sua capital no Planalto Central com sede no Huambo (antiga Nova Lisboa), no leste e norte diamantífero.
Em 1993, o Conselho de Segurança das Nações Unidas embargou as transferências de armas e petróleo para a UNITA. Tanto o governo como a UNITA acordaram em parar as novas aquisições de armas, mas tudo não passou de palavras. Em Novembro de 1994, celebrou-se o Protocolo de Lusaka, na Zâmbia entre a UNITA e o Governo de Angola (MPLA). A paz parecia mais do que nunca estar perto de ser alcançada. A UNITA usou o acordo de paz de Lusaka para impedir mais perdas territoriais e para fortalecer as suas forças militares. Em 1996 e 1997 adquiriu grandes quantidades de armamentos e combustível, enquanto ia cumprindo, sem pressa, vários dos compromissos que assumira através do Protocolo de Lusaka. Entretanto o Ocidente passara a apoiar o governo do MPLA, o que marcou o declínio militar e político da UNITA, com este movimento a ter cada vez mais dificuldades em financiar as suas compras militares, perante o avanço no terreno das FAA, e dado o embargo internacional e diplomático a que se viu votada.
Em Dezembro de 1998, Angola retornou ao estado de guerra aberta, que só parou em 2002, com a morte de Jonas Savimbi (líder da Unita). Com a morte do líder histórico da UNITA, este movimento iniciou negociações com o Governo de Angola com vista à deposição das armas, deixando de ser um movimento armado, e assumindo-se como mera força política.
(Fonte: www.wikipedia.com.br)
BRASÃO DE ANGOLA ENQUANTO COLÔNIA
LEGADO DA GUERRA CIVIL - PRÉDIO DESTRUÍDO NA LOCALIDADE DE HUAMBO - ANGOLA
(Fonte: www.wikipedia.com.br)
Durante a segunda metade do século XV os portugueses foram estabelecendo feitorias nos portos do litoral oeste africano. No virar do século, Bartolomeu Dias dobrou o Cabo da Boa Esperança, abrindo as portas para a colonização da costa oriental da África pelos europeus.
A partir de meados do século XVI, os ingleses, os franceses e os holandeses expulsam os portugueses das melhores zonas costeiras para o comércio de escravos. Portugal e Espanha conservam antigas colônias. Os portugueses continuam com Cabo Verde, São Tomé e Príncipe, Guiné-Bissau, Angola e Moçambique.
Angola, país da África Austral foi uma colónia portuguesa até 11 de Novembro de 1975, quando conseguiu à independência após uma guerra de libertação. Os portugueses, sob o comando de Diogo Cão, no reinado de D. João II, chegam ao Zaire em 1484. É a partir daqui que se iniciará a conquista pelos portugueses desta região de África, incluindo Angola. O primeiro passo foi estabelecer uma aliança com o Reino do Congo, que dominava toda a região. Ao sul deste reino existiam dois outros, o de Ndongo e o de Matamba, os quais não tardaram a fundir-se, para dar origem ao reino de Angola.
Explorando as rivalidades e conflitos entre estes reinos, na segunda metade do século XVI os portugueses instalaram-se na região de Angola. O primeiro governador de Angola, Paulo Dias de Novais, procurou delimitar este vasto território e explorar os seus recursos naturais, em particular os escravos. A penetração para o interior foi muito limitada. Em 1576 funda-se São Paulo da Assunção de Luanda, a atual cidade de Luanda. Angola transforma-se rapidamente no principal mercado abastecedor de escravos para as plantações da cana-de-açúcar do Brasil. Até finais do século XVIII, Angola funciona como um reservatório de escravos para as plantações e minas do Brasil ou de outra colônias do continente americano. A ocupação dos portugueses não vai muito mais além das fortalezas da costa.
A colonização efetiva do interior só se inicia no século XIX, após a independência do Brasil (1822) e o fim do tráfico de escravos (1836-42), mas não da escravatura. Esta ocupação do interior tinha o caráter de uma resposta às pretensões de outras potências europeias, como a Inglaterra, a Alemanha e a França, que reclamavam na altura o seu quinhão na África. Diversos tratados são firmados estabelecendo os territórios que a cada uma cabem, de acordo com o seu poder e habilidade negocial.Devido à ausência de vias de comunicação terrestes, as campanhas de ocupação do interior são feitas através dos cursos fluviais: Bacia do Cuango (1862), Bacia do Cuanza (1895, 1905 e 1908); Bacia do Cubango (1886-1889, 1902 e 1906); Bacia do Cunene (1906-1907); Bacia do Alto Zambeze (1895-1896); Entre Zeusa e Dande (1872-1907), etc. As fronteiras de Angola só são definidas em finais do século XIX.
A colonização de Angola, após a implantação de um regime republicano em Portugal (1910), entra numa nova fase. Os republicanos haviam criticado duramente os governos monárquicos por terem abandonado as colónias. O aspecto mais relevante da sua ação circunscreveu-se à criação de escolas. O desenvolvimento económico só se inicia de forma sistemática, em finais da década de 1930, quando se incrementa a produção de café, sisal, cana do açúcar, milho e outros produtos. Trata-se de produtos destinados à exportação. A exportação da cana do açúcar, em 1914, pouco ultrapassava as 6 milhões de toneladas. Em 1940 atingia já 4 bilhões de toneladas exportadas.[carece de fontes?] As fazendas e a indústria concentraram-se à volta das cidades de Luena e de Benguela. A exportação de sisal desenvolve-se durante a Segunda Guerra Mundial (1939-1945). Em 1920, foram exportadas pouco mais que que 62 toneladas , mas em 1941 atingia-se já as 3.888. Dois anos depois, 12.731 toneladas. Em 1973 situavam-se nas 53.499. Estas plantações situavam-se no planalto do Huambo, do Cubal para Leste, nas margens da linha férrea do Dilolo, Bocoió, Balumbo, Luimbale, Lepi, Sambo, mas também no Cuinha do norte e Malange.
Abre-se um novo ciclo económico em Angola, que se prolonga até 1972, quando a exploração petrolífera em Cabinda começar a dar os seus resultados. A subida da cotação do café no mercado mundial, a partir de 1950, contribuiu decisivamente para o aumento vertiginoso desta produção. Em 1900, as exportações pouco ultrapassaram as 5.800 milhões de toneladas. Em 1930 atingiam as 14.851.Em 1943 subiam para 18.838. A partir daqui o crescimento foi vertiginoso. Em 1968 forma exportadas 182.954 e quatro anos depois, 218.681 toneladas. Para além destes produtos, desenvolve-se a exploração dos minérios de ferro. Em 1957 funda-se a Companhia Mineira do Lobito, que explorava as minas de Jamba, Cassinga e Txamutete. Exploração que cedeu depois à Brasileira Krupp. O desenvolvimento destas explorações, foi acompanhado por vagas de imigrantes incentivados e apoiados muitas vezes pelo próprio Estado. Entre 1941 e 1950, saíram de Portugal cerca de 110 mil imigrantes com destino às colónias, a maioria fixou-se em Angola. O fluxo imigratório prosseguiu nos anos 1950 e 60. Na década de 1950, a questão da descolonização das colónias africanas emerge no plano internacional e torna-se uma questão incontornável. Em 1956 é publicado o primeiro manifesto do Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA).
No princípio dos anos 1960, três movimentos de libertação (UPA/FNLA, MPLA e UNITA) desencadearam uma luta armada contra o colonialismo português. O governo de Portugal (uma ditadura desde 1926), recusou-se a dialogar e prosseguiu na defesa até ao limite do último grande império colonial europeu. Para África foram mobilizados centenas de milhares de soldados. Enquanto durou o conflito armado, Portugal procurou consolidar a sua presença em Angola, promovendo a realização de importantes obras públicas. A produção industrial e agrícola conheceram neste território um desenvolvimento impressionante. A exploração do petróleo de Cabinda iniciou-se em 1968, representando em 1973 cerca de 30% das receitas das exportações desta colónia. Entre 1960 e 1973 a taxa de crescimento do PIB (produto Interno Bruto) de Angola foi de 7% ao ano.
Na sequência após a derrubada da ditadura em Portugal (25 de Abril de 1974), abriram-se perspectivas imediatas para a independência de Angola. O novo governo revolucionário português abriu negociações com os três principais movimentos de libertação (MPLA – Movimento Popular de Libertação de Angola, FNLA – Frente Nacional de Libertação de Angola e UNITA – União Nacional para a Independência Total de Angola), o período de transição e o processo de implantação de um regime democrático em Angola (Acordos de Alvor, Janeiro de 1975).
A independência de Angola não foi o início da paz, mas o início de uma nova guerra aberta. Muito antes do Dia da Independência, a 11 de Novembro de 1975, já os três grupos nacionalistas que tinham combatido o colonialismo português lutavam entre si pelo controlo do país, e em particular da capital, Luanda. Cada um deles era na altura apoiado por potências estrangeiras, dando ao conflito uma dimensão internacional. A União Soviética e principalmente Cuba apoiavam o MPLA, que controlava a cidade de Luanda e algumas outras regiões da costa, nomeadamente o Lobito e Benguela. Os cubanos não tardaram a desembarcar em Angola (5 de Outubro de 1975). A África do Sul apoiava a UNITA e invadiu Angola (9 de Agosto de 1975). O Zaire, que apoiava a FNLA, invadiu também este país, em Julho de 1975. A FNLA contava também com o apoio da China, mercenários portugueses e ingleses mas também com o apoio da África do Sul. Os EUA, que apoiaram inicialmente apenas a FNLA, não tardaram a ajudar também a UNITA. Neste caso, o apoio manteve-se até 1993. A sua estratégia foi durante muito tempo dividir Angola. Em Outubro de 1975, o transporte aéreo de quantidades enormes de armas e soldados cubanos, organizado pelos soviéticos, mudou a situação, favorecendo o MPLA. As tropas sul-africanas e zairenses retiraram-se e o MPLA conseguiu formar um governo socialista uni-partidário. O Brasil rapidamente estabeleceu relações diplomáticas com a nova República que se instalara. Fez isso antes mesmo de qualquer país do bloco comunista. Nenhum país ocidental ou mesmo africano seguiu o seu exemplo. A decisão de reconhecer como legítimo o governo de Agostinho Neto foi tomada pelo então presidente Ernesto Geisel ainda em 6 de Novembro, antes da data oficial de Independência de Angola. Já em 1976, as Nações Unidas reconheciam o governo do MPLA como o legítimo representante de Angola, o que não foi seguido nem pelos EUA, nem pela África do Sul. No meio do caos que Angola se havia tornado, cerca de 800 mil portugueses abandonaram este país entre 1974 e 1976, o que agravou de forma dramática a situação económica. A 27 Maio de 1977, um grupo do MPLA encabeçado por Nito Alves, desencadeou um golpe de Estado que ficou conhecido como Fraccionismo, terminando num banho de sangue que se prolongou por dois anos. Em Dezembro, no rescaldo do golpe, o MPLA realizou o seu 1º Congresso, onde se proclamou como sendo um partido Marxista-Leninista, adoptando o nome de MPLA-Partido do Trabalho.
A guerra continuava a alastrar por todo o território. A UNITA e a FNLA juntaram-se então contra o MPLA. A UNITA começou por ser expulsa do seu quartel-general no Huambo, sendo as suas forças dispersas e impelidas para o mato. Mais tarde, porém, o partido reagrupou-se, iniciando uma guerra longa e devastadora contra o governo do MPLA. A UNITA apresentava-se como sendo anti-marxista e pró-ocidental, mas tinha também raízes regionais, principalmente na população Ovimbundu do sul e centro de Angola. Agostinho Neto morreu em Moscou a 10 de Setembro de 1979, sucedendo-lhe no cargo o ministro da Planificação, o engenheiro José Eduardo dos Santos. No início da década de 1980, o número de mortos e refugiados não parou de aumentar. As infra-estruturas do país eram consecutivamente destruídas. Os ataques da África do Sul não paravam. Em agosto de 1981, lançaram a operação "Smokeshell" utilizando 15.000 soldados, blindados e aviões, avançando mais de 200 km na província do Cunene (sul de Angola). O governo da África do Sul justificou a sua acção afirmando que na região estavam instaladas bases dos guerrilheiros da SWAPO, o movimento de libertação da Namíbia. Na realidade tratava-se de uma acção de apoio à UNITA, tendo em vista a criação de uma "zona libertada" sob a sua administração. Estes conflitos só terminaram em Dezembro de 1988, quando em Nova Iorque foi assinado um acordo tripartido (Angola, África do Sul e Cuba) que estabelecia a Independência da Namíbia e a retirada dos cubanos de Angola. A partir de 1989, com a queda do bloco da ex-União Soviética, sucederam-se em Angola os acordos de paz entre a UNITA e o MPLA, seguidos do recomeço das hostilidades. Em Junho de 1989, em Gbadolite (Zaire), a UNITA e o MPLA estabeleceram uma nova trégua. A paz apenas durou dois meses. Em fins de Abril de 1990, o governo de Angola anunciou o reinício das conversações directas com a UNITA, com vista ao estabelecimento do cessar-fogo. No mês seguinte, a UNITA reconhecia oficialmente José Eduardo dos Santos como o Chefe de Estado angolano. O desmoronar da União Soviética acelerou o processo de democratização. No final do ano, o MPLA anunciava a introdução de reformas democráticas no país. A 11 de Maio de 1991, o governo publicou uma lei que autorizava a criação de novos partidos, pondo fim ao monopartidarismo. A 22 de Maio os últimos cubanos saíram de Angola. Em 31 de maio de 1991, com a mediação de Portugal, EUA, União Soviética e da ONU, celebraram-se os acordos de Bicesse (Estoril), terminando com a guerra civil desde 1975, e marcando as eleições para o ano seguinte.
As eleições de Setembro de 1992, deram a vitória ao MPLA (cerca de 50% dos votos). A UNITA (cerca de 40% dos votos) não reconheceu os resultados eleitorais. Quase de imediato sucedeu-se um banho de sangue, reiniciando-se o conflito armado, primeiro em Luanda, mas alastrando-se rapidamente ao restante território. A UNITA restabeleceu primeiramente a sua capital no Planalto Central com sede no Huambo (antiga Nova Lisboa), no leste e norte diamantífero.
Em 1993, o Conselho de Segurança das Nações Unidas embargou as transferências de armas e petróleo para a UNITA. Tanto o governo como a UNITA acordaram em parar as novas aquisições de armas, mas tudo não passou de palavras. Em Novembro de 1994, celebrou-se o Protocolo de Lusaka, na Zâmbia entre a UNITA e o Governo de Angola (MPLA). A paz parecia mais do que nunca estar perto de ser alcançada. A UNITA usou o acordo de paz de Lusaka para impedir mais perdas territoriais e para fortalecer as suas forças militares. Em 1996 e 1997 adquiriu grandes quantidades de armamentos e combustível, enquanto ia cumprindo, sem pressa, vários dos compromissos que assumira através do Protocolo de Lusaka. Entretanto o Ocidente passara a apoiar o governo do MPLA, o que marcou o declínio militar e político da UNITA, com este movimento a ter cada vez mais dificuldades em financiar as suas compras militares, perante o avanço no terreno das FAA, e dado o embargo internacional e diplomático a que se viu votada.
Em Dezembro de 1998, Angola retornou ao estado de guerra aberta, que só parou em 2002, com a morte de Jonas Savimbi (líder da Unita). Com a morte do líder histórico da UNITA, este movimento iniciou negociações com o Governo de Angola com vista à deposição das armas, deixando de ser um movimento armado, e assumindo-se como mera força política.
(Fonte: www.wikipedia.com.br)
BRASÃO DE ANGOLA ENQUANTO COLÔNIA
LEGADO DA GUERRA CIVIL - PRÉDIO DESTRUÍDO NA LOCALIDADE DE HUAMBO - ANGOLA
(Fonte: www.wikipedia.com.br)
quinta-feira, 5 de novembro de 2009
PAISAGEM NATURAL DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
* Pedra do Elefante - Itaipuaçu - Maricá / RJ.
Itaipuaçu é um distrito da cidade de Maricá, no Rio de Janeiro. Sua praia, oceânica, possui uma extensão de aproximadamente 15 km e largura entre 20 e 30 metros, com suas águas transparentes e esverdeadas, cuja temperatura varia entre fria e morna e areias claras. Circundada pela Pedra do Elefante, Serra da Tiririca, Pedra de Itaocaia. Sua praia é própria para o banho e adequada para a pesca de linha.
A Pedra do Elefante é uma formação rochosa com cerca de 420 metros de altitude que recbeu esse nome devido a sua aparência similar a um elefante em repouso. Será que parece mesmo com um elefante? observe algumas fotos.
(Fonte: www.wikipedia.com.br)
(Fotos - Fonte: www.googleimagens.com.br)
Itaipuaçu é um distrito da cidade de Maricá, no Rio de Janeiro. Sua praia, oceânica, possui uma extensão de aproximadamente 15 km e largura entre 20 e 30 metros, com suas águas transparentes e esverdeadas, cuja temperatura varia entre fria e morna e areias claras. Circundada pela Pedra do Elefante, Serra da Tiririca, Pedra de Itaocaia. Sua praia é própria para o banho e adequada para a pesca de linha.
A Pedra do Elefante é uma formação rochosa com cerca de 420 metros de altitude que recbeu esse nome devido a sua aparência similar a um elefante em repouso. Será que parece mesmo com um elefante? observe algumas fotos.
(Fonte: www.wikipedia.com.br)
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sábado, 24 de outubro de 2009
OS PAÍSES DE LÍNGUA PORTUGUESA
A língua portuguesa é uma língua românica que se originou no que é hoje a Galiza e o norte de Portugal. É derivada do latim falado pelos povos pré-romanos da Península Ibérica (Galaicos, Lusitanos, Célticos e Cónios), há cerca de 2000 anos. O idioma se espalhou pelo mundo nos séculos XV e XVI quando Portugal estabeleceu um império colonial e comercial que se estendeu do Brasil, nas Américas, a Goa, e outras partes da Índia, Macau na China e Timor-Leste. Foi utilizada como língua franca exclusiva na ilha do Sri Lanka por quase 350 anos. Durante esse tempo, muitas línguas crioulas baseadas no Português também apareceram em todo o mundo, especialmente na África, na Ásia e no Caribe.
Com mais de 260 milhões de falantes, é, como língua nativa, a quinta língua mais falada no mundo e a terceira mais falada no mundo ocidental. Além de Portugal, é oficial em Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Macau, Moçambique, São Tomé e Príncipe, Timor-Leste e, desde 13 de julho de 2007, na Guiné Equatorial, sendo também falado nos antigos territórios da Índia Portuguesa (Goa, Damão, Ilha de Angediva, Simbor, Gogolá, Diu e Dadrá e Nagar-Aveli).
Nos séculos XV e XVI, à medida que Portugal criava o primeiro império colonial e comercial europeu, a língua portuguesa se espalhou pelo mundo, estendendo-se desde as costas africanas até Macau, na China, ao Japão e ao Brasil, nas Américas. Como resultado dessa expansão, o português é agora língua oficial de oito países independentes além de Portugal, e é largamente falado ou estudado como segunda língua noutros. Há, ainda, cerca de vinte línguas crioulas de base portuguesa. É uma importante língua minoritária em Andorra, Luxemburgo, Paraguai, Namíbia, Maurícia, Suíça e África do Sul. Além disso, encontram-se em várias cidades no mundo numerosas comunidades de emigrantes onde se fala o português, como em Paris, na França, Hamilton, nas Ilhas Bermudas, Toronto, Hamilton, Montreal e Gatineau no Canadá, Boston, Nova Jérsei e Miami nos EUA e Nagoia e Hamamatsu no Japão.
O português é falado por cerca de 190 milhões de pessoas na América do Sul, 16 milhões de africanos, 12 milhões de europeus, dois milhões na América do Norte e 330 mil na Ásia. Dentre as línguas, oficiais e primeiras, faladas numa significativa quantidade de países, o Português é a única cujos países falantes (7 nações) não fazem fronteira com outro país da mesma língua. Tal não ocorre com o Inglês, com o Francês, o Espanhol, o Árabe. Os territórios colonizados por Portugal não se sub-dividiram em diversos países, como ocorreu com as colônias da Espanha nas Américas, com as colônias da França e do Reino Unido na África.
(Fonte: www.wikipedia.com.br)
PAÍSES E REGIÕES DE LÍNGUA PORTUGUESA NO MUNDO
MAPA DE PORTUGAL - COM AS ILHAS DE AÇORES E MADEIRA
(Fonte: www.googleimagens.com.br)
MAPA DO BRASIL - COM SUAS REGIÕES
(Fonte: www.googleimagens.com.br)
MAPA DE ANGOLA - PAÍS DA ÁFRICA
(Fonte: www.googleimagens.com.br)
MAPA DE CABO VERDE - PAÍS DA ÁFRICA
(Fonte:www.googleimagens.com.br)
MAPA DE GUINÉ BISSAU - PAÍS DA ÁFRICA
(Fonte: www.googleimagens.com.br)
MAPA DE MOÇAMBIQUE - PAÍS DA ÁFRICA
(Fonte: www.googleimagens.com.br)
MAPA DE SÃO TOMÉ E PRINCIPE - PAÍS DA ÁFRICA
(Fonte: www.googleimagens.com.br)
MAPA DA GUINÉ EQUATORIAL - PAÍS DA ÁFRICA
(Fonte: www.googleimagens.com.br)
MAPA DO TIMOR LESTE - PAÍS DA ÁSIA
(Fonte: www.wikipedia.com.br)
MAPA DA CHINA COM DESTAQUE PARA A LOCALIZAÇÃO DE MACAU.
(Fonte: www.googleimagens.com.br)
MAPA DA ÍNDIA DESTACANDO GOA REGIÃO QUE FALA A LÍNGUA PORTUGUESA
(Fonte: www.googleimagens.com.br)
MAPA DA ÍNDIA DESTACANDO GOA, DAMÃO E DIU REGIÕES QUE FALAM A LÍNGUA PORTUGUESA.
(Fonte: www.googleimagens.com.br)
Com mais de 260 milhões de falantes, é, como língua nativa, a quinta língua mais falada no mundo e a terceira mais falada no mundo ocidental. Além de Portugal, é oficial em Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Macau, Moçambique, São Tomé e Príncipe, Timor-Leste e, desde 13 de julho de 2007, na Guiné Equatorial, sendo também falado nos antigos territórios da Índia Portuguesa (Goa, Damão, Ilha de Angediva, Simbor, Gogolá, Diu e Dadrá e Nagar-Aveli).
Nos séculos XV e XVI, à medida que Portugal criava o primeiro império colonial e comercial europeu, a língua portuguesa se espalhou pelo mundo, estendendo-se desde as costas africanas até Macau, na China, ao Japão e ao Brasil, nas Américas. Como resultado dessa expansão, o português é agora língua oficial de oito países independentes além de Portugal, e é largamente falado ou estudado como segunda língua noutros. Há, ainda, cerca de vinte línguas crioulas de base portuguesa. É uma importante língua minoritária em Andorra, Luxemburgo, Paraguai, Namíbia, Maurícia, Suíça e África do Sul. Além disso, encontram-se em várias cidades no mundo numerosas comunidades de emigrantes onde se fala o português, como em Paris, na França, Hamilton, nas Ilhas Bermudas, Toronto, Hamilton, Montreal e Gatineau no Canadá, Boston, Nova Jérsei e Miami nos EUA e Nagoia e Hamamatsu no Japão.
O português é falado por cerca de 190 milhões de pessoas na América do Sul, 16 milhões de africanos, 12 milhões de europeus, dois milhões na América do Norte e 330 mil na Ásia. Dentre as línguas, oficiais e primeiras, faladas numa significativa quantidade de países, o Português é a única cujos países falantes (7 nações) não fazem fronteira com outro país da mesma língua. Tal não ocorre com o Inglês, com o Francês, o Espanhol, o Árabe. Os territórios colonizados por Portugal não se sub-dividiram em diversos países, como ocorreu com as colônias da Espanha nas Américas, com as colônias da França e do Reino Unido na África.
(Fonte: www.wikipedia.com.br)
PAÍSES E REGIÕES DE LÍNGUA PORTUGUESA NO MUNDO
MAPA DE PORTUGAL - COM AS ILHAS DE AÇORES E MADEIRA
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MAPA DO BRASIL - COM SUAS REGIÕES
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MAPA DE ANGOLA - PAÍS DA ÁFRICA
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MAPA DE CABO VERDE - PAÍS DA ÁFRICA
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MAPA DE GUINÉ BISSAU - PAÍS DA ÁFRICA
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MAPA DE MOÇAMBIQUE - PAÍS DA ÁFRICA
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MAPA DE SÃO TOMÉ E PRINCIPE - PAÍS DA ÁFRICA
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MAPA DA GUINÉ EQUATORIAL - PAÍS DA ÁFRICA
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MAPA DO TIMOR LESTE - PAÍS DA ÁSIA
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MAPA DA CHINA COM DESTAQUE PARA A LOCALIZAÇÃO DE MACAU.
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MAPA DA ÍNDIA DESTACANDO GOA REGIÃO QUE FALA A LÍNGUA PORTUGUESA
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MAPA DA ÍNDIA DESTACANDO GOA, DAMÃO E DIU REGIÕES QUE FALAM A LÍNGUA PORTUGUESA.
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segunda-feira, 5 de outubro de 2009
AS GUERRAS CIVIS DA ÁFRICA
Um dos desdobramentos mais trágicos das lutas desencadeadas a partir do processo de independência são as guerras civis. Trata-se da consequência mais visivel e sangrenta da criação de fronteiras artificiais responsáveis pela divisão política do continente africano. Conflitos ancestrais tornaram-se guerras que desencadearam elevado índice de mortes, muitas vezes acompanhadas de golpes de Estado e instauração de ditaduras corruptas, interessadas em assegurar privilégios de minorias. A seguir, serão apresentados alguns exemplos dessas guerras que afetam a vida de milhares de pessoas.
1- RUANDA E BURUNDI:
Um dos maiores exemplos dessa luta mortal entre tribos é a que envolve hútus e tútsis nos territórios hoje divididos em Ruanda e Burundi. Originalmente denominada Ruanda-Burundi, até a primeira guerra mundial essa região pertencia à África Oriental Alemã. Em 1919, após a derrota dos alemães na guerra, os belgas assumiram o controle do território em questão.
Os conflitos na região, porém, remontam aos séculos XII e XV, quando chegaram ao local grupos hútus e tútsis, que conviveram ali durante muito tempo. Em termos de língua ou de aspecto físico, os dois grupos não apresentam grandes diferenças; já do ponto de vista econômico, enquanto os tútsis criavam gado, os hútus eram agricultores.
Sob o domínio Belga, os tútsis, que correspondiam a cerca de 15% da população foram escolhidos pelo poder colonial para "governar" o país. A maioria hútu (cerca de 85%) ficou excluída do processo social e econômico. Como não poderia deixar de ser, os hútus passaram a defender um governo que representasse os seus interesses. Em 1959, os agricultores hútus rebelaram-se contra a monarquia tútsi apoiada pelos Belgas e abriram caminho para separar Ruanda e Burundi. Em 1961, sob a liderança hútu, Ruanda ganharia status de República, e,no ano seguinte, a Bélgica reconheceria sua independência. Perseguidos os tútsis procuraram abrigo nos países vizinhos. Por sua vez, Burundi também se tornou independente nesse ano, sob monarquia tútsis.
Entretanto a paz não foi alcançada. Em 1963, tútsis exilados no Burundi organizaram um exército e voltaram para Ruanda, sendo massacrados pelos hútus. Outros massacres sucederam-se até que, em 1973, um golpe de Estado levou ao poder, em Ruanda, o coronel Juvénal Habyarimana, de etnia hútu. Apesar dos conflitos persistirem, pode-se afirmar que houve uma trégua nas duas décadas seguintes.
Em 1993, o governo de Ruanda, liderado pelos hútus, assinou um acordo de paz com a liderança tútsi, pelo qual os refugiados poderiam voltar ao país e participar do governo. Em abril do ano seguinte, retornando de uma conferência na Tanzânia, os presidentes hútus de Ruanda e Burundi foram vítimas de um acidente aéreo. A morte desses líderes desencadeou a volta dos massacres. No Burundi apesar da condição de minoria étnica, os tútsis detinham o controle do exército e deram um golpe de Estado em 1996, quando nomearam para presidente um major dessa etnia. Além disso obrigaram grande massa de hútus a viverem na condição de refugiados nos chamados "campos de reagrupamento", que reúnem cerca de 10% da população (cerca de 800 mil pessoas), segundo dados da organização não governamental Anistia Internacional. Outros 700 mil refugiados vivem fora das fronteiras do país, mais precisamente em países limítrofes, como Tanzânia e Uganda, criando sérios problemas para os dois governos, que não tem condições de garantir ajuda humanitária a essa população. Em Ruanda, onde a violência não tem sido menor, calcula-se que 13% da população tenha morrido na guerra desencadeada em 1994 pelos hútus, sendo 90% desse total integrante da minoria tútsi, segundo dados da ONU.
MAPA DE RUANDA E BURUNDI - PAÍSES AFRICANOS
(Fonte: www.googleimagens.com.br)
CIVIS TÚTSIS MORTOS EM RUANDA (GENOCÍDIO)
(Fonte: www.googleimagens.com.br)
2- BIAFRA:
Outro exemplo dos terríveis efeitos das fronteiras artificiais foi a guerra de Biafra no final dos anos 1960 e início da década seguinte. Província da Nígéria, Biafra é uma ex-colônia britânica que possui mais de 250 etnias. Em 1966, os Ibos, uma dessas tribos, tomaram o poder, provocando o aumento das rivalidades contra os Iorubas e os hauçás. Em consequência de um contragolpe, os Ibos foram massacrados no norte do país, onde são minoria. Eles deslocaram-se então para o leste da Nigéria, mais precisamente para a província de Biafra. No ano sequinte, os Ibos da pronvíncia de Biafra declararam sua independência, aprofundando a guerra civil, que se prolongou até 1970. Um boicote econômico por parte das empresas petroliferas (a Nigéria é membro da Organização dos Países Exportadores de Petróleo, a OPEP)impediu o desenvolvimento do novo país e pôs fim ao projeto de separação dos Ibos, já que tal divisão poderia trazer problemas para essas empresas. Ao final do conflito, cerca de 1 milhão de biafrenses, quase todos Ibos, haviam morridos, vitimados pela fome ou por doenças. A Nigéria contudo, continuou como palco de golpes de Estado, liderados por chefes militares, o que tem tornado difícil a superação dos seus graves problemas internos.
PROVÍNCIA DE BIAFRA (NIGÉRIA)
(Fonte: www.googleimagens.com.br)
CRIANÇAS SUBNUTRIDAS DURANTE A GUERRA OCORRIDA NA PROVÍNCIA DE BIAFRA - NIGÉRIA.
(Fonte: www.googleimagens.com.br)
3- ANGOLA E MOÇAMBIQUE:
Também na chamada África Portuguesa (Angola, Moçambique, Guiné-Bissau, Cabo Verde e São Tomé e Principe), as lutas pela independência revelaram-se sangrentas. Moçambique e Angola, por exemplo, libertaram-se após violentas guerras contra Portugal, em 1975.
Em Angola, o movimento anticolonial assumiu contornos especiais em razão do contexto da Guerra Fria. Os grupos angolenses de orientação Marxista procuraram apoio junto a países como Cuba e União Soviética, enquanto grupos liberais buscaram ajuda norte-americana. Proporcionado a independência de Angola, o acordo de Alvor, assinado em janeiro de 1975, não foi capaz de propiciar um entendimento entre esses grupos políticos, que passaram a lutar pelo poder no país. A Guerra Civil ganhou força, especialmente porque os Estados Unidos não timha interesse na instalação de regimes socialistas na África. Por outro lado, o bloco socialista também via no conflito uma oportunidade de fortalecer o seu bloco, caso Angola passasse a integrá-lo.
Foi só com o fim da Guerra Fria que se ampliaram as condições para um tratado de paz e um acordo entre as duas organizações, abrindo oportunidade para a realização das primeiras eleições pluripartidárias do país, em 1992. O Movimento Popular Pela Libertação de Angola (MPLA, de esquerda, foi alçado ao poder, com José Eduardo dos Santos. Entretanto Jonas Savimbi, seu opositor de direita (apoiado pelos Estados Unidos), não reconheceu o resultado, e a Guerra Civel recomeçou. Com a morte de Jonas Savimbi durante um combate em abril de 2002,seu grupo foi finalmente desarticulado, abrindo caminho para um processo de paz mais duradouro. O trágico saldo da Guerra Civil de mais de duas décadas é um país arrasado em toda a sua infra-estrutura, afetado por doenças que matam centenas de pessoas por dia e que se tornou o detentor do maior percentual mundial de pessoas mutiladas por minas terrestres. Além de mutilar as minas dificultam a prática da agricultura. Consequentemente, Angola é um dos países mais pobres do mundo, em que cerca de 60% da população é analfabeta e somente 40% fala o português, língua oficial do país.
O caso de Moçambique, outra ex-colônia portuguesa, não difere muito do angolano. Em 1975, Moçambique conseguiu a independência, a Frente de Libertação de Moçambique (FRELIMO), de orientação Marxista, chegou ao poder com um sistema de partido único, e o seu lider, Samora Machel, tornou-se presidente do país. Moçambique enfretaria problemas parecidos com os de Angola, ou seja, ali também os conflitos girariam em torno da divisão entre socialistas e capitalistas. A FRELIMO apoiada pelos governos socialistas, enfrentaria a Resistência Nacional Moçambicana (RENAMO), que tinha como principais aliados os Estados Unidos e a África do Sul. Em 1992 a FRELIMO e a RENAMO assinaram o acordo de paz, dando esperança de dias melhores para os Moçambicanos. Em 1994, foram realizadas eleições pluripartidárias, e a FRELIMO saiu vitoriosa por meio da eleição de Joaquim Alberto Chissano. a RENAMO permaneceu como a segunda força política do país, optando pelo caminho das armas. Em 1999 Chissano foi reeleito, apesar das denúncias de fraudes, feitas pela oposição, que não foram comprovadas.
MAPA DE ANGOLA
ASPECTOS DA GUERRA CIVIL EM ANGOLA
MINA ENCONTRADA NO SOLO EM ANGOLA
MENINAS MUTILADAS POR MINA PARTICIPAM DE CONCURSO EM ANGOLA
MAPA DE MOÇAMBIQUE
SOLDADOS DA FRELIMO - DURANTE A GUERRA CIVIL - MOÇAMBIQUE
(Fonte: www.googleimagens.com.br)
Texto: (Fonte: África; Horizontes e Desafios do Século XXI / Charles Pennaforte - São Paulo, SP, 2006 Editora Saraiva.)
1- RUANDA E BURUNDI:
Um dos maiores exemplos dessa luta mortal entre tribos é a que envolve hútus e tútsis nos territórios hoje divididos em Ruanda e Burundi. Originalmente denominada Ruanda-Burundi, até a primeira guerra mundial essa região pertencia à África Oriental Alemã. Em 1919, após a derrota dos alemães na guerra, os belgas assumiram o controle do território em questão.
Os conflitos na região, porém, remontam aos séculos XII e XV, quando chegaram ao local grupos hútus e tútsis, que conviveram ali durante muito tempo. Em termos de língua ou de aspecto físico, os dois grupos não apresentam grandes diferenças; já do ponto de vista econômico, enquanto os tútsis criavam gado, os hútus eram agricultores.
Sob o domínio Belga, os tútsis, que correspondiam a cerca de 15% da população foram escolhidos pelo poder colonial para "governar" o país. A maioria hútu (cerca de 85%) ficou excluída do processo social e econômico. Como não poderia deixar de ser, os hútus passaram a defender um governo que representasse os seus interesses. Em 1959, os agricultores hútus rebelaram-se contra a monarquia tútsi apoiada pelos Belgas e abriram caminho para separar Ruanda e Burundi. Em 1961, sob a liderança hútu, Ruanda ganharia status de República, e,no ano seguinte, a Bélgica reconheceria sua independência. Perseguidos os tútsis procuraram abrigo nos países vizinhos. Por sua vez, Burundi também se tornou independente nesse ano, sob monarquia tútsis.
Entretanto a paz não foi alcançada. Em 1963, tútsis exilados no Burundi organizaram um exército e voltaram para Ruanda, sendo massacrados pelos hútus. Outros massacres sucederam-se até que, em 1973, um golpe de Estado levou ao poder, em Ruanda, o coronel Juvénal Habyarimana, de etnia hútu. Apesar dos conflitos persistirem, pode-se afirmar que houve uma trégua nas duas décadas seguintes.
Em 1993, o governo de Ruanda, liderado pelos hútus, assinou um acordo de paz com a liderança tútsi, pelo qual os refugiados poderiam voltar ao país e participar do governo. Em abril do ano seguinte, retornando de uma conferência na Tanzânia, os presidentes hútus de Ruanda e Burundi foram vítimas de um acidente aéreo. A morte desses líderes desencadeou a volta dos massacres. No Burundi apesar da condição de minoria étnica, os tútsis detinham o controle do exército e deram um golpe de Estado em 1996, quando nomearam para presidente um major dessa etnia. Além disso obrigaram grande massa de hútus a viverem na condição de refugiados nos chamados "campos de reagrupamento", que reúnem cerca de 10% da população (cerca de 800 mil pessoas), segundo dados da organização não governamental Anistia Internacional. Outros 700 mil refugiados vivem fora das fronteiras do país, mais precisamente em países limítrofes, como Tanzânia e Uganda, criando sérios problemas para os dois governos, que não tem condições de garantir ajuda humanitária a essa população. Em Ruanda, onde a violência não tem sido menor, calcula-se que 13% da população tenha morrido na guerra desencadeada em 1994 pelos hútus, sendo 90% desse total integrante da minoria tútsi, segundo dados da ONU.
MAPA DE RUANDA E BURUNDI - PAÍSES AFRICANOS
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CIVIS TÚTSIS MORTOS EM RUANDA (GENOCÍDIO)
(Fonte: www.googleimagens.com.br)
2- BIAFRA:
Outro exemplo dos terríveis efeitos das fronteiras artificiais foi a guerra de Biafra no final dos anos 1960 e início da década seguinte. Província da Nígéria, Biafra é uma ex-colônia britânica que possui mais de 250 etnias. Em 1966, os Ibos, uma dessas tribos, tomaram o poder, provocando o aumento das rivalidades contra os Iorubas e os hauçás. Em consequência de um contragolpe, os Ibos foram massacrados no norte do país, onde são minoria. Eles deslocaram-se então para o leste da Nigéria, mais precisamente para a província de Biafra. No ano sequinte, os Ibos da pronvíncia de Biafra declararam sua independência, aprofundando a guerra civil, que se prolongou até 1970. Um boicote econômico por parte das empresas petroliferas (a Nigéria é membro da Organização dos Países Exportadores de Petróleo, a OPEP)impediu o desenvolvimento do novo país e pôs fim ao projeto de separação dos Ibos, já que tal divisão poderia trazer problemas para essas empresas. Ao final do conflito, cerca de 1 milhão de biafrenses, quase todos Ibos, haviam morridos, vitimados pela fome ou por doenças. A Nigéria contudo, continuou como palco de golpes de Estado, liderados por chefes militares, o que tem tornado difícil a superação dos seus graves problemas internos.
PROVÍNCIA DE BIAFRA (NIGÉRIA)
(Fonte: www.googleimagens.com.br)
CRIANÇAS SUBNUTRIDAS DURANTE A GUERRA OCORRIDA NA PROVÍNCIA DE BIAFRA - NIGÉRIA.
(Fonte: www.googleimagens.com.br)
3- ANGOLA E MOÇAMBIQUE:
Também na chamada África Portuguesa (Angola, Moçambique, Guiné-Bissau, Cabo Verde e São Tomé e Principe), as lutas pela independência revelaram-se sangrentas. Moçambique e Angola, por exemplo, libertaram-se após violentas guerras contra Portugal, em 1975.
Em Angola, o movimento anticolonial assumiu contornos especiais em razão do contexto da Guerra Fria. Os grupos angolenses de orientação Marxista procuraram apoio junto a países como Cuba e União Soviética, enquanto grupos liberais buscaram ajuda norte-americana. Proporcionado a independência de Angola, o acordo de Alvor, assinado em janeiro de 1975, não foi capaz de propiciar um entendimento entre esses grupos políticos, que passaram a lutar pelo poder no país. A Guerra Civil ganhou força, especialmente porque os Estados Unidos não timha interesse na instalação de regimes socialistas na África. Por outro lado, o bloco socialista também via no conflito uma oportunidade de fortalecer o seu bloco, caso Angola passasse a integrá-lo.
Foi só com o fim da Guerra Fria que se ampliaram as condições para um tratado de paz e um acordo entre as duas organizações, abrindo oportunidade para a realização das primeiras eleições pluripartidárias do país, em 1992. O Movimento Popular Pela Libertação de Angola (MPLA, de esquerda, foi alçado ao poder, com José Eduardo dos Santos. Entretanto Jonas Savimbi, seu opositor de direita (apoiado pelos Estados Unidos), não reconheceu o resultado, e a Guerra Civel recomeçou. Com a morte de Jonas Savimbi durante um combate em abril de 2002,seu grupo foi finalmente desarticulado, abrindo caminho para um processo de paz mais duradouro. O trágico saldo da Guerra Civil de mais de duas décadas é um país arrasado em toda a sua infra-estrutura, afetado por doenças que matam centenas de pessoas por dia e que se tornou o detentor do maior percentual mundial de pessoas mutiladas por minas terrestres. Além de mutilar as minas dificultam a prática da agricultura. Consequentemente, Angola é um dos países mais pobres do mundo, em que cerca de 60% da população é analfabeta e somente 40% fala o português, língua oficial do país.
O caso de Moçambique, outra ex-colônia portuguesa, não difere muito do angolano. Em 1975, Moçambique conseguiu a independência, a Frente de Libertação de Moçambique (FRELIMO), de orientação Marxista, chegou ao poder com um sistema de partido único, e o seu lider, Samora Machel, tornou-se presidente do país. Moçambique enfretaria problemas parecidos com os de Angola, ou seja, ali também os conflitos girariam em torno da divisão entre socialistas e capitalistas. A FRELIMO apoiada pelos governos socialistas, enfrentaria a Resistência Nacional Moçambicana (RENAMO), que tinha como principais aliados os Estados Unidos e a África do Sul. Em 1992 a FRELIMO e a RENAMO assinaram o acordo de paz, dando esperança de dias melhores para os Moçambicanos. Em 1994, foram realizadas eleições pluripartidárias, e a FRELIMO saiu vitoriosa por meio da eleição de Joaquim Alberto Chissano. a RENAMO permaneceu como a segunda força política do país, optando pelo caminho das armas. Em 1999 Chissano foi reeleito, apesar das denúncias de fraudes, feitas pela oposição, que não foram comprovadas.
MAPA DE ANGOLA
ASPECTOS DA GUERRA CIVIL EM ANGOLA
MINA ENCONTRADA NO SOLO EM ANGOLA
MENINAS MUTILADAS POR MINA PARTICIPAM DE CONCURSO EM ANGOLA
MAPA DE MOÇAMBIQUE
SOLDADOS DA FRELIMO - DURANTE A GUERRA CIVIL - MOÇAMBIQUE
(Fonte: www.googleimagens.com.br)
Texto: (Fonte: África; Horizontes e Desafios do Século XXI / Charles Pennaforte - São Paulo, SP, 2006 Editora Saraiva.)
quinta-feira, 1 de outubro de 2009
ASPECTOS GEOGRÁFICOS DA EUROPA - ANTES E APÓS A 2ª GUERRA MUNDIAL
A seguir estão colocados mapas da Europa na seguinte ordem:
1- A EUROPA EM 1923: APÓS A 1ª GUERRA E ANTES DO INÍCIO DA 2ª GUERRA MUNDIAL - SURGEM NOVOS PAÍSES PÓS CONFLITO DE 1914 A 1918 - PODEMOS TAMBÉM NOTAR QUE A POLÔNIA APRESENTAVA CONFIGURAÇÃO TERRITORIAL DIFERENTE DOS DIAS ATUAIS, ONDE SE SOBRESSAIA O CHAMADO CORREDOR POLONÊS QUE ERA UMA SAÍDA PARA O MAR BÁLTICO.
(Fonte: História: Volume Único / Gislane Campos Azevedo Seriacopi, Reinaldo Seriacopi - 1ª Ed. - São Paulo: Editora Ática, 2005)
2- A EUROPA APÓS A 2ª GUERRA MUNDIAL: AS ZONAS DE INFLUÊNCIA DOS PAÍSES VENCEDORES - DE UM LADO OS ESTADOS UNIDOS- BLOCO CAPITALISTA -(EUROPA OCIDENTAL)E DO OUTRO A UNIÃO DAS REPÚBLICAS SOCIALISTAS SOVIÉTICAS- BLOCO SOCIALISTA - (LESTE EUROPEU).
(Fonte: História: Volume Único / Gislane Campos Azevedo Seriacopi, Reinaldo Seriacopi - 1ª Ed. - São Paulo: Editora Ática, 2005)
3- A ALEMANHA DIVIDIDA APÓS O TÉRMINO DA SEGUNDA GUERRA MUNDIAL EM ZONAS: AS ZONAS BRITÂNICAS, AMERICANA E FRANCESA CONSTITUIRAM A ALEMANHA OCIDENTAL COM REGIME CAPITALISTA E A ZONA SOVIÉTICA TRANSFORMOU-SE NA ALEMANHA ORIENTAL COM REGIME SOCIALISTA.
(Fonte: História: Volume Único / Gislane Campos Azevedo Seriacopi, Reinaldo Seriacopi - 1ª Ed. - São Paulo: Editora Ática, 2005)
4- BERLIM - A CAPITAL DA ALEMANHA TAMBÉM FOI DIVIDIDA EM ÁREAS QUE ERAM SEPARADAS POR UM MURO (MURO DE BERLIM): A PARTE ORIENTAL PASSOU A SER CAPITAL DA ALEMANHA ORIENTAL E A PARTE OCIDENTAL PASSOU A FAZER PARTE DA ALEMANHA OCIDENTAL SENDO ACESSADA APENAS POR AVIÃO.
(Fonte: História: Volume Único / Gislane Campos Azevedo Seriacopi, Reinaldo Seriacopi - 1ª Ed. - São Paulo: Editora Ática, 2005)
1- A EUROPA EM 1923: APÓS A 1ª GUERRA E ANTES DO INÍCIO DA 2ª GUERRA MUNDIAL - SURGEM NOVOS PAÍSES PÓS CONFLITO DE 1914 A 1918 - PODEMOS TAMBÉM NOTAR QUE A POLÔNIA APRESENTAVA CONFIGURAÇÃO TERRITORIAL DIFERENTE DOS DIAS ATUAIS, ONDE SE SOBRESSAIA O CHAMADO CORREDOR POLONÊS QUE ERA UMA SAÍDA PARA O MAR BÁLTICO.
(Fonte: História: Volume Único / Gislane Campos Azevedo Seriacopi, Reinaldo Seriacopi - 1ª Ed. - São Paulo: Editora Ática, 2005)
2- A EUROPA APÓS A 2ª GUERRA MUNDIAL: AS ZONAS DE INFLUÊNCIA DOS PAÍSES VENCEDORES - DE UM LADO OS ESTADOS UNIDOS- BLOCO CAPITALISTA -(EUROPA OCIDENTAL)E DO OUTRO A UNIÃO DAS REPÚBLICAS SOCIALISTAS SOVIÉTICAS- BLOCO SOCIALISTA - (LESTE EUROPEU).
(Fonte: História: Volume Único / Gislane Campos Azevedo Seriacopi, Reinaldo Seriacopi - 1ª Ed. - São Paulo: Editora Ática, 2005)
3- A ALEMANHA DIVIDIDA APÓS O TÉRMINO DA SEGUNDA GUERRA MUNDIAL EM ZONAS: AS ZONAS BRITÂNICAS, AMERICANA E FRANCESA CONSTITUIRAM A ALEMANHA OCIDENTAL COM REGIME CAPITALISTA E A ZONA SOVIÉTICA TRANSFORMOU-SE NA ALEMANHA ORIENTAL COM REGIME SOCIALISTA.
(Fonte: História: Volume Único / Gislane Campos Azevedo Seriacopi, Reinaldo Seriacopi - 1ª Ed. - São Paulo: Editora Ática, 2005)
4- BERLIM - A CAPITAL DA ALEMANHA TAMBÉM FOI DIVIDIDA EM ÁREAS QUE ERAM SEPARADAS POR UM MURO (MURO DE BERLIM): A PARTE ORIENTAL PASSOU A SER CAPITAL DA ALEMANHA ORIENTAL E A PARTE OCIDENTAL PASSOU A FAZER PARTE DA ALEMANHA OCIDENTAL SENDO ACESSADA APENAS POR AVIÃO.
(Fonte: História: Volume Único / Gislane Campos Azevedo Seriacopi, Reinaldo Seriacopi - 1ª Ed. - São Paulo: Editora Ática, 2005)
sábado, 12 de setembro de 2009
SETENTA ANOS DO INICIO DA 2ª GUERRA MUNDIAL
1- Aspectos do Maior Conflito da Humanidade:
A 2ª Guerra Mundial começou em Gdansk, às 04:45 h de 1º de setembro de 1939, quando um navio alemâo atacou um forte polonês, e terminou em Tóquio, ao meio dia de 15 de Agosto de 1945, quando o Imperador Japonês se rendeu a bomba atômica americana. Portanto esse mês marca setenta anos do início do conflito mais destrutivo já ocorrido em nosso planeta. Alguns autores tem revisto esse período derrubando alguns mitos e ampliando conhecimentos a respeito da 2ª guerra mundial.
Para esses autores Hitler não era um gênio do mal, mas um estrategista lamentável que levou o exército ao caos. Os judeus não marcharam passivos para as câmaras de gás, milhares contra-atacaram. No dia D, a guerra já estava ganha pelos soviéticos, que mataram dez vezes mais alemães que americanos e britânicos juntos. E foram 70 milhôes, não 40 milhôes de mortos. Vamos conhecer a versão atualizada da segunda guerra mundial.
2- Hitler Mais Sorte do Que Juízo:
A frase acima parece insanidade pois Hitler conseguiu logo no início da guerra tomar metade da Polônia, Dinamarca, Noruega, Holanda, Bélgica,Luxemburgo e França. Assustados Portugal, Espanha, Suiça e Suécia se declararam neutros, o equivalente a um voto em branco onde concorda-se com que vencer. O sucesso fez ver Hitler como um gênio político e militar, comparado a Napoleão, mais os erros considerados cruciais para a derrota da alemanha podem ser atribuídas a conta do Führer. Para estudiosos como Norman Davies (Europa na Guerra), Hitler era um apostador, um blefador, um desavergonhado exibicionista. Mais como explicar os seus sucessos iniciais? Bom é preciso reconhecer que a Blitzkrieg (guerra relâmpago), ataque acelerado e simultâneo de aviões, blindados e soldados, inovou e surpreendeu a todos. E, ainda, que seu inventor fosse o general Heinz Guderian, Hitler teve coragem de autorizá-la. Mas os adversários facilitaram, na tomada da França os exércitos eram até parelhos - 3,3 milhões do eixo contra 2,8 milhões dos aliados, mas a estratégia de defesa era do tempo da 1ª guerra mundial (1914-1918). A vitória nazista foi tão fácil que inspirou a lenda de que os generais franceses haviam entregues seu país. porém depois de um 1º turno bem sucedido o técnico do time alemão adotou a arrogância como tática. É consenso ninguém conseguiria dissuadir o ditador de atacar a URSS, afinal ele já tinha esse plano na cabeça havia tempo, está escrito no livro que escreveu na cadeia em 1924, Mein Kampf (Minha Luta). Pouco importou o pacto de não agressão assinado dois anos antes. Hitler tinha tanta certeza da vitória que fez um agrado aos aliados japoneses e declarou guerra aos EUA, crente que tudo estaria acabado antes que ele tivesse de responder pela fanfarronice.
A EXPANSÃO NAZISTA NO INÍCIO DA 2ª GUERRA MUNDIAL (EUROPA)
(Fonte:Revista Super Interessante, Setembro de 2009)
3- A Grande Virada na 2ª Guerra Mundial:
No livro Hitler as War Lord (Hitler Como Senhor da Guerra), o general FRanz Halder afirma que seu chefe mudou muito após a invasão da URSS. Antes, era atento aos conselhos dos auxiliares. Depois fascinado com seus talentos, passou a seguir seus instintos. Sob seu temperamento volúvel, o alto comando era de alta rotatividade. Veio a obsessão em ocupar Stalingrado, um ponto importante, mas não imprescindível. Na verdade, seus principais acessores militares preferiam como estratégia ocupar o Oriente Médio, garantindo acesso a uma reserva infinita de petróleo e uma segunda rota de entrada na URSS. Mas só de pensar em dominar países cheios de árabes, no seu ranking de racismo, tão desprezíveis quanto os judeus, o Führer mudava de assunto. Preferia pensar nos comunistas. Era questão de honra para ele tomar uma cidade que tinha o nome do inimigo; mais Stálin, outro orgulhosos, ordenou a resistência a qualquer custo. Nas ruínas de Stalingrado a blitzkrieg, eficiente em campos abertos, foi anulada pela guerrilha do exército vermelho, que se animou e virou o jogo da guerra. Na frente ocidental Hitler também fez bobagens, é famosa a história de que ninguém teve coragem de acordar o Führer no dia D, uma das tantas vezes em que o exército foi prejudicado porque as pessoas tinham medo de lhe dar más notícias. Pior Hitler ordenou que os blindados alemães continuassem esperando em Calais o "verdadeiro" desembarque inimigo, os tanques foram presa fácil. Para o historiador britânico Andrew Roberts, Hitler poderia ter vencido a guerra se não fosse tão ariano, um exemplo: ao mobilizar o Estado para matar judeus , ciganos e homossexuais, foram desviados recursos que poderiam estar na guerra e eliminados milhões de possíveis trabalhadores. Além disso a ideologia privou a Alemanha de seus melhores cientistas, judeus como Albetrt Einstein e Leo Szilard. Tolerando físicos "inferiores", um governo menos lunático poderia ter alcançado primeiro a bomba atômica. Desse holocausto fomos poupados.
4- A Resistência Armada Durante a Segunda Guerra Mundial (Guerrilhas):
Os nazistas davam duas opções aos judeus: morrer ou colaborar, para morrer mais tarde. Alguns judeus escolheram matar. Em 20 de janeiro de 1942, 15 oficiais nazistas graduados se reuniram em uma mansão de Wannsee, um aprazível suburbio de Berlim. Pauta do dia: "solução final para a questão judaica". em 90 minutos, o general Reinhard Heydrich relatou os aspectos básicos da operação, que consistia em transportar todos os judeus em território alemão para o leste europeu, onde trabalhariam até morrer, Heydrich enfatizou que contava com todos, deixando subentendido que aquele era o desejo do próprio Hitler. Como todos sabem morreram durante a 2ª guerra mundial cerca de 6 milhões de judeus, a maioria nos campos de extermínio. Mas nem todos tiveram o mesmo destino alguns decidiram contra-atacar. E outros, colaborar com o opressor. Em outubro de 1942, judeus da cidadezinha polonesa de Kamionka sentiram os efeitos da conferência de Wannsee: foram informados de que seriam levados a um gueto em Lubartow. O filho de pequenos comerciantes Frank Bleichman de 19 anos desconfiou e decidiu abandonar a família para se esconder no campo. Mais tarde soube que o destino de seus amigos e familiares era um campo de extermínio. Frank juntou-se a um grupo de 100 judeus que se escondiam em condições primitivas nas florestas da região, um dos vários grupos de guerrilheiros fugidos de guetos e campos de concentração que lutaram contra os invasores nazistas no leste europeu. Tocaiados entre árvores, conseguiram interceptar carregamentos de comida para as tropas alemãs, sabotar usinas elétricas e fábricas, descarrilar trens de inimigos e, qundo possivel, matar alguns nazistas, mas sem denunciar a posição do acampamento.
Esse era o grande drama dos irmãos Bielski, da Bielo-Rússia. No princípio, em 1942, eram só os quatro, Tuvia, Zus, Azael e Aron. Mas seu sucesso começou a atrair gente, gente inclusive sem vocação para se esconder e guerrear no mato e no frio, no auge o grupo chegou a ter 1200 membros, 70% eram velhos, mulheres e crianças. Com tanta gente, era preciso se esconder em regiões muito remotas, como pântanos que os alemães nem sabiam como chegar. Como relatou o guerrilheiro Norman Salsitz: "Quanto pior as condições, melhor para nós". Os caras não procuravam briga, mas não fugiam: calcula-se que chegaram a matar 400 inimigos. Em 1944, quando a Bielo-Rússia voltou a ser dos Soviéticos, o grupo saiu da floresta, sobreviveram aos nazistas. No gueto de Varsóvia em setembro de 1942, começou a evacuação para o campo de extermínio de Treblinka, considerado o mais eficiente, onde 99% eram mortos em até duas horas após a chegada. Esse foi então o gatilho para que se organizassem uma resitência armada. Os guerrilheiros do gueto sabiam que iam morrer, mas dessa vez impuseram um preço pela vida dos judeus. No fim da batalha, 14 mil judeus morreram contra 16 baixas admitidas pelos nazistas. Outros 50 mil foram capturados. Mesmo sendo uma resistência simbólica ela fez ressonar insurreições em mais de 100 outras cidades e vilarejos.
Campos de concentração também tiveram colaboradores. Prisioneiros de confiança da SS chamados "Kapo" recebiam melhores roupas, comida e alojamento para, em troca, supervisionar grupos de prisioneiros. Já nos campos de extermínio, os Sonderkommandos (Comandos Especiais) judeus faziam o que a SS considerava sujo demais, guiar as vítimas às câmaras de gás, depois remover os cadáveres, retirar seus cabelos e dentes, cremar os corpos e jogar fora as cinzas. Isso rendia algumas semanas a mais de vida.
MAPA COM AS MAIS IMPORTANTES GUERRILHAS DE RESISTÊNCIA AO NAZISMO DURANTE A SEGUNDA GUERRA MUNDIAL
(Fonte:Revista Super Interessante, Setembro de 2009)
5- Os Dias (A / B / C / D e E):
A tradição divide a 2ª guerra entre antes e depois de 6 de junho de 1944, quando os aliados desembarcaram no norte da França - o dia D. Até essa data, diz a lenda, os nazistas tinham o mundo na mão. Aí vieram bombardeiros, paraquedistas, navios, aqueles soldados todos morrendo na praia e, graças a esse sacrifício, Hitler perdeu a guerra. Devemos agradecer aos americanos (e seus aliados britânicos, sempre excluídos dos filmes e séries)por vencerem o nazismo? A verdade é que, quando os soldados Ryans apareceram nas praias da Normandia, a guerra já estava ganha. Tudo graças a batalhas sangrentas, gigantescas e pouco conhecidas, travadas do outro lado do continente, em que os soviéticos derrotaram e mataram muitos alemães, foram 4 milhões de baixas nazistas no leste, contra 400 mil no oeste. "se justiça fosse feita, todos os livros sobre a 2ª guerra mundial na Europa devotariam três quartos à frente oriental" escreve Norman Davies em Europa na Guerra.
* O Dia A:
Ocorreu 16 meses antes do dia D, em 2 de fevereiro de 1943. Foi o fim da Batalha de Stalingrado, a mais mortal de todos os tempos. Após passarem o inverno empacados, pela primeira vez os nazistas souberam o que era se render. E começava a marcha soviética de 2 mil quilômetros até Berlim.
* O Dia B:
Mais nesse caminho tinha uma pedra dos nazistas que ainda acreditavam na vitória e prepararam uma emboscada perto da cidade de Kursk, quase fora da Rússia. Foi a maior batalha de blindados de todos os tempos, 3 mil para cada lado, mas o dia B, em 4 de julho de 1943, terminou com uma vantagem decisiva para os comunistas.
* O Dia C:
Depois de Kursk, a superioridade já era tanta que a União Soviética determinou o dia C, uma investida com data simbolicamente marcada para o dia 24 de dezembro de 1943, a fim de estragar a véspera de Natal do eixo,essa investida conseguiu atravessar as estepes ucrânianas destruíndo 18 divisões e comprometendo outras 68.
* O Dia D:
Foi o desembarque das tropas aliadas (americanos e britânicos) na Normândia em 6 de junho de 1944.
* O Dia E:
O dia E, foi a data de rendição do japão: 9 de agosto de 1945.
_ Os comunistas venceram a guerra com sacrifício de muitas vidas, números hoje calculados em cerca de 27 milhões de mortos. A Ucrânia, foi o país mais castigado, perdeu 30% de sua população, em comparação a Alemanha derrotada, não perdeu mais que 10%.
MAPA MOSTRANDO OS DIAS A / B / C e D - OCORRIDOS NA EUROPA.
(Fonte:Revista Super Interessante, Setembro de 2009)
6- A Participação Brasileira na 2ª Guerra Mundial:
A relação dos brasileiros com a segunda guerra mundial varia entre a patriotada (em que as vitórias brasileiras mudaram o destino da guerra) e o complexo de vira-lata (em que um bando de trapalhões foi passear na Europa). Nem tanto à direita nem tanto à esquerda. Os brasileiros realmente foram para o norte da Itália fazer um papel secundário e, em condições tão adversas, até que não foram mal. Não foi por desencargo de consciência que o Brasil entrou em um conflito com o qual não tinha nada a ver. Ele queria algo em troca, por ele, entenda-se Getúlio Vargas, presidente do Brasil de 1930 a 1945. Durante um tempo prevaleceu a corrente que dizia que Getúlio, que afinal de contas era um ditador, queria se aliar ao Eixo, mas teria sido impedido pela opinîão pública. Na verdade, ele era mais esperto; ficou numa posição ambivalente, até que alguém lhe desse motivo para decidir. No caso foram os E.U.A, que, além do conhecido apoio financeiro e técnico para a construção de uma siderúrgica, acenaram com a possibilidade de o Brasil ter destaque na futura Organização das Nações Unidas. Bom a CSN está lá em Volta Redonda, já nossa cadeira no Conselho de Segurança da ONU segue um sonho.
Mas os nazistas não perdoaram. Em agosto de 1942, submarinos alemães afundaram 6 navios brasileiros, matando 607 pessoas - até o final do conflito, seriam 31 embarcações. O povo exigiu, e o Brasil declarou guerra, o único latino-americano a enviar tropas. Que só partiram quase dois anos depois, em julho de 1944. O motivo: não havia homens suficientes que preenchessem os requisitos de ter pelo menos 60 quilos, 1,60 metros e 26 dentes. Além disso, o sujeito precisava ser capaz de ler mapas e utilizar bússola, com isso o Brasil enviou 25 homens para a Europa.
A Força Expedicionária Brasileira (FEB) desembarcou em Napóles, e foi incorporada ao 5º Exército dos E.U.A que combatia os nazistas na Itália. Quase toda a guerra da FEB foi realizada em montanhas. "No nosso treinamento, nunca se falou em montanhas" disse o pracinha Newton Lascaléia em depoimento ao historiador César Maximiano. Aliás o treinamento foi bondade do seu Newton; os brasileiros chegaram lá totalmente despreparados; os soldados não conheciam direito seus armamentos e os oficiais precisaram aprender um jeito novo de organizar seus batalhões, em sintonia com as guerras modernas. Os pracinhas não tinham roupas para suportar um inverno de -20º C e tiveram que pedir roupas emprestadas ao Exército dos E.U.A, que aliás cuidavam também da saúde dos pracinhas. Após tentar e não conseguir tomar Monte Castelo por três vezes, os brasileiros esperaram a primavera para ter sua vitória mais famosa. Depois dessa experiência foi só vitória, com seus 25 mil homens a FEB enfrentou 239 dias de combate, encarou 10 divisões alemãs, 3 divisões italianas e somou 20,5 mil prisioneiros em combate, teve quase 2 mil baixas, mais de 400 mortos e cerca de 1,5 mil feridos.
A PARTICIPAÇÃO DA FEB NA SEGUNDA GUERRA MUNDIAL
(Fonte:Revista Super Interessante, Setembro de 2009)
A 2ª Guerra Mundial começou em Gdansk, às 04:45 h de 1º de setembro de 1939, quando um navio alemâo atacou um forte polonês, e terminou em Tóquio, ao meio dia de 15 de Agosto de 1945, quando o Imperador Japonês se rendeu a bomba atômica americana. Portanto esse mês marca setenta anos do início do conflito mais destrutivo já ocorrido em nosso planeta. Alguns autores tem revisto esse período derrubando alguns mitos e ampliando conhecimentos a respeito da 2ª guerra mundial.
Para esses autores Hitler não era um gênio do mal, mas um estrategista lamentável que levou o exército ao caos. Os judeus não marcharam passivos para as câmaras de gás, milhares contra-atacaram. No dia D, a guerra já estava ganha pelos soviéticos, que mataram dez vezes mais alemães que americanos e britânicos juntos. E foram 70 milhôes, não 40 milhôes de mortos. Vamos conhecer a versão atualizada da segunda guerra mundial.
2- Hitler Mais Sorte do Que Juízo:
A frase acima parece insanidade pois Hitler conseguiu logo no início da guerra tomar metade da Polônia, Dinamarca, Noruega, Holanda, Bélgica,Luxemburgo e França. Assustados Portugal, Espanha, Suiça e Suécia se declararam neutros, o equivalente a um voto em branco onde concorda-se com que vencer. O sucesso fez ver Hitler como um gênio político e militar, comparado a Napoleão, mais os erros considerados cruciais para a derrota da alemanha podem ser atribuídas a conta do Führer. Para estudiosos como Norman Davies (Europa na Guerra), Hitler era um apostador, um blefador, um desavergonhado exibicionista. Mais como explicar os seus sucessos iniciais? Bom é preciso reconhecer que a Blitzkrieg (guerra relâmpago), ataque acelerado e simultâneo de aviões, blindados e soldados, inovou e surpreendeu a todos. E, ainda, que seu inventor fosse o general Heinz Guderian, Hitler teve coragem de autorizá-la. Mas os adversários facilitaram, na tomada da França os exércitos eram até parelhos - 3,3 milhões do eixo contra 2,8 milhões dos aliados, mas a estratégia de defesa era do tempo da 1ª guerra mundial (1914-1918). A vitória nazista foi tão fácil que inspirou a lenda de que os generais franceses haviam entregues seu país. porém depois de um 1º turno bem sucedido o técnico do time alemão adotou a arrogância como tática. É consenso ninguém conseguiria dissuadir o ditador de atacar a URSS, afinal ele já tinha esse plano na cabeça havia tempo, está escrito no livro que escreveu na cadeia em 1924, Mein Kampf (Minha Luta). Pouco importou o pacto de não agressão assinado dois anos antes. Hitler tinha tanta certeza da vitória que fez um agrado aos aliados japoneses e declarou guerra aos EUA, crente que tudo estaria acabado antes que ele tivesse de responder pela fanfarronice.
A EXPANSÃO NAZISTA NO INÍCIO DA 2ª GUERRA MUNDIAL (EUROPA)
(Fonte:Revista Super Interessante, Setembro de 2009)
3- A Grande Virada na 2ª Guerra Mundial:
No livro Hitler as War Lord (Hitler Como Senhor da Guerra), o general FRanz Halder afirma que seu chefe mudou muito após a invasão da URSS. Antes, era atento aos conselhos dos auxiliares. Depois fascinado com seus talentos, passou a seguir seus instintos. Sob seu temperamento volúvel, o alto comando era de alta rotatividade. Veio a obsessão em ocupar Stalingrado, um ponto importante, mas não imprescindível. Na verdade, seus principais acessores militares preferiam como estratégia ocupar o Oriente Médio, garantindo acesso a uma reserva infinita de petróleo e uma segunda rota de entrada na URSS. Mas só de pensar em dominar países cheios de árabes, no seu ranking de racismo, tão desprezíveis quanto os judeus, o Führer mudava de assunto. Preferia pensar nos comunistas. Era questão de honra para ele tomar uma cidade que tinha o nome do inimigo; mais Stálin, outro orgulhosos, ordenou a resistência a qualquer custo. Nas ruínas de Stalingrado a blitzkrieg, eficiente em campos abertos, foi anulada pela guerrilha do exército vermelho, que se animou e virou o jogo da guerra. Na frente ocidental Hitler também fez bobagens, é famosa a história de que ninguém teve coragem de acordar o Führer no dia D, uma das tantas vezes em que o exército foi prejudicado porque as pessoas tinham medo de lhe dar más notícias. Pior Hitler ordenou que os blindados alemães continuassem esperando em Calais o "verdadeiro" desembarque inimigo, os tanques foram presa fácil. Para o historiador britânico Andrew Roberts, Hitler poderia ter vencido a guerra se não fosse tão ariano, um exemplo: ao mobilizar o Estado para matar judeus , ciganos e homossexuais, foram desviados recursos que poderiam estar na guerra e eliminados milhões de possíveis trabalhadores. Além disso a ideologia privou a Alemanha de seus melhores cientistas, judeus como Albetrt Einstein e Leo Szilard. Tolerando físicos "inferiores", um governo menos lunático poderia ter alcançado primeiro a bomba atômica. Desse holocausto fomos poupados.
4- A Resistência Armada Durante a Segunda Guerra Mundial (Guerrilhas):
Os nazistas davam duas opções aos judeus: morrer ou colaborar, para morrer mais tarde. Alguns judeus escolheram matar. Em 20 de janeiro de 1942, 15 oficiais nazistas graduados se reuniram em uma mansão de Wannsee, um aprazível suburbio de Berlim. Pauta do dia: "solução final para a questão judaica". em 90 minutos, o general Reinhard Heydrich relatou os aspectos básicos da operação, que consistia em transportar todos os judeus em território alemão para o leste europeu, onde trabalhariam até morrer, Heydrich enfatizou que contava com todos, deixando subentendido que aquele era o desejo do próprio Hitler. Como todos sabem morreram durante a 2ª guerra mundial cerca de 6 milhões de judeus, a maioria nos campos de extermínio. Mas nem todos tiveram o mesmo destino alguns decidiram contra-atacar. E outros, colaborar com o opressor. Em outubro de 1942, judeus da cidadezinha polonesa de Kamionka sentiram os efeitos da conferência de Wannsee: foram informados de que seriam levados a um gueto em Lubartow. O filho de pequenos comerciantes Frank Bleichman de 19 anos desconfiou e decidiu abandonar a família para se esconder no campo. Mais tarde soube que o destino de seus amigos e familiares era um campo de extermínio. Frank juntou-se a um grupo de 100 judeus que se escondiam em condições primitivas nas florestas da região, um dos vários grupos de guerrilheiros fugidos de guetos e campos de concentração que lutaram contra os invasores nazistas no leste europeu. Tocaiados entre árvores, conseguiram interceptar carregamentos de comida para as tropas alemãs, sabotar usinas elétricas e fábricas, descarrilar trens de inimigos e, qundo possivel, matar alguns nazistas, mas sem denunciar a posição do acampamento.
Esse era o grande drama dos irmãos Bielski, da Bielo-Rússia. No princípio, em 1942, eram só os quatro, Tuvia, Zus, Azael e Aron. Mas seu sucesso começou a atrair gente, gente inclusive sem vocação para se esconder e guerrear no mato e no frio, no auge o grupo chegou a ter 1200 membros, 70% eram velhos, mulheres e crianças. Com tanta gente, era preciso se esconder em regiões muito remotas, como pântanos que os alemães nem sabiam como chegar. Como relatou o guerrilheiro Norman Salsitz: "Quanto pior as condições, melhor para nós". Os caras não procuravam briga, mas não fugiam: calcula-se que chegaram a matar 400 inimigos. Em 1944, quando a Bielo-Rússia voltou a ser dos Soviéticos, o grupo saiu da floresta, sobreviveram aos nazistas. No gueto de Varsóvia em setembro de 1942, começou a evacuação para o campo de extermínio de Treblinka, considerado o mais eficiente, onde 99% eram mortos em até duas horas após a chegada. Esse foi então o gatilho para que se organizassem uma resitência armada. Os guerrilheiros do gueto sabiam que iam morrer, mas dessa vez impuseram um preço pela vida dos judeus. No fim da batalha, 14 mil judeus morreram contra 16 baixas admitidas pelos nazistas. Outros 50 mil foram capturados. Mesmo sendo uma resistência simbólica ela fez ressonar insurreições em mais de 100 outras cidades e vilarejos.
Campos de concentração também tiveram colaboradores. Prisioneiros de confiança da SS chamados "Kapo" recebiam melhores roupas, comida e alojamento para, em troca, supervisionar grupos de prisioneiros. Já nos campos de extermínio, os Sonderkommandos (Comandos Especiais) judeus faziam o que a SS considerava sujo demais, guiar as vítimas às câmaras de gás, depois remover os cadáveres, retirar seus cabelos e dentes, cremar os corpos e jogar fora as cinzas. Isso rendia algumas semanas a mais de vida.
MAPA COM AS MAIS IMPORTANTES GUERRILHAS DE RESISTÊNCIA AO NAZISMO DURANTE A SEGUNDA GUERRA MUNDIAL
(Fonte:Revista Super Interessante, Setembro de 2009)
5- Os Dias (A / B / C / D e E):
A tradição divide a 2ª guerra entre antes e depois de 6 de junho de 1944, quando os aliados desembarcaram no norte da França - o dia D. Até essa data, diz a lenda, os nazistas tinham o mundo na mão. Aí vieram bombardeiros, paraquedistas, navios, aqueles soldados todos morrendo na praia e, graças a esse sacrifício, Hitler perdeu a guerra. Devemos agradecer aos americanos (e seus aliados britânicos, sempre excluídos dos filmes e séries)por vencerem o nazismo? A verdade é que, quando os soldados Ryans apareceram nas praias da Normandia, a guerra já estava ganha. Tudo graças a batalhas sangrentas, gigantescas e pouco conhecidas, travadas do outro lado do continente, em que os soviéticos derrotaram e mataram muitos alemães, foram 4 milhões de baixas nazistas no leste, contra 400 mil no oeste. "se justiça fosse feita, todos os livros sobre a 2ª guerra mundial na Europa devotariam três quartos à frente oriental" escreve Norman Davies em Europa na Guerra.
* O Dia A:
Ocorreu 16 meses antes do dia D, em 2 de fevereiro de 1943. Foi o fim da Batalha de Stalingrado, a mais mortal de todos os tempos. Após passarem o inverno empacados, pela primeira vez os nazistas souberam o que era se render. E começava a marcha soviética de 2 mil quilômetros até Berlim.
* O Dia B:
Mais nesse caminho tinha uma pedra dos nazistas que ainda acreditavam na vitória e prepararam uma emboscada perto da cidade de Kursk, quase fora da Rússia. Foi a maior batalha de blindados de todos os tempos, 3 mil para cada lado, mas o dia B, em 4 de julho de 1943, terminou com uma vantagem decisiva para os comunistas.
* O Dia C:
Depois de Kursk, a superioridade já era tanta que a União Soviética determinou o dia C, uma investida com data simbolicamente marcada para o dia 24 de dezembro de 1943, a fim de estragar a véspera de Natal do eixo,essa investida conseguiu atravessar as estepes ucrânianas destruíndo 18 divisões e comprometendo outras 68.
* O Dia D:
Foi o desembarque das tropas aliadas (americanos e britânicos) na Normândia em 6 de junho de 1944.
* O Dia E:
O dia E, foi a data de rendição do japão: 9 de agosto de 1945.
_ Os comunistas venceram a guerra com sacrifício de muitas vidas, números hoje calculados em cerca de 27 milhões de mortos. A Ucrânia, foi o país mais castigado, perdeu 30% de sua população, em comparação a Alemanha derrotada, não perdeu mais que 10%.
MAPA MOSTRANDO OS DIAS A / B / C e D - OCORRIDOS NA EUROPA.
(Fonte:Revista Super Interessante, Setembro de 2009)
6- A Participação Brasileira na 2ª Guerra Mundial:
A relação dos brasileiros com a segunda guerra mundial varia entre a patriotada (em que as vitórias brasileiras mudaram o destino da guerra) e o complexo de vira-lata (em que um bando de trapalhões foi passear na Europa). Nem tanto à direita nem tanto à esquerda. Os brasileiros realmente foram para o norte da Itália fazer um papel secundário e, em condições tão adversas, até que não foram mal. Não foi por desencargo de consciência que o Brasil entrou em um conflito com o qual não tinha nada a ver. Ele queria algo em troca, por ele, entenda-se Getúlio Vargas, presidente do Brasil de 1930 a 1945. Durante um tempo prevaleceu a corrente que dizia que Getúlio, que afinal de contas era um ditador, queria se aliar ao Eixo, mas teria sido impedido pela opinîão pública. Na verdade, ele era mais esperto; ficou numa posição ambivalente, até que alguém lhe desse motivo para decidir. No caso foram os E.U.A, que, além do conhecido apoio financeiro e técnico para a construção de uma siderúrgica, acenaram com a possibilidade de o Brasil ter destaque na futura Organização das Nações Unidas. Bom a CSN está lá em Volta Redonda, já nossa cadeira no Conselho de Segurança da ONU segue um sonho.
Mas os nazistas não perdoaram. Em agosto de 1942, submarinos alemães afundaram 6 navios brasileiros, matando 607 pessoas - até o final do conflito, seriam 31 embarcações. O povo exigiu, e o Brasil declarou guerra, o único latino-americano a enviar tropas. Que só partiram quase dois anos depois, em julho de 1944. O motivo: não havia homens suficientes que preenchessem os requisitos de ter pelo menos 60 quilos, 1,60 metros e 26 dentes. Além disso, o sujeito precisava ser capaz de ler mapas e utilizar bússola, com isso o Brasil enviou 25 homens para a Europa.
A Força Expedicionária Brasileira (FEB) desembarcou em Napóles, e foi incorporada ao 5º Exército dos E.U.A que combatia os nazistas na Itália. Quase toda a guerra da FEB foi realizada em montanhas. "No nosso treinamento, nunca se falou em montanhas" disse o pracinha Newton Lascaléia em depoimento ao historiador César Maximiano. Aliás o treinamento foi bondade do seu Newton; os brasileiros chegaram lá totalmente despreparados; os soldados não conheciam direito seus armamentos e os oficiais precisaram aprender um jeito novo de organizar seus batalhões, em sintonia com as guerras modernas. Os pracinhas não tinham roupas para suportar um inverno de -20º C e tiveram que pedir roupas emprestadas ao Exército dos E.U.A, que aliás cuidavam também da saúde dos pracinhas. Após tentar e não conseguir tomar Monte Castelo por três vezes, os brasileiros esperaram a primavera para ter sua vitória mais famosa. Depois dessa experiência foi só vitória, com seus 25 mil homens a FEB enfrentou 239 dias de combate, encarou 10 divisões alemãs, 3 divisões italianas e somou 20,5 mil prisioneiros em combate, teve quase 2 mil baixas, mais de 400 mortos e cerca de 1,5 mil feridos.
A PARTICIPAÇÃO DA FEB NA SEGUNDA GUERRA MUNDIAL
(Fonte:Revista Super Interessante, Setembro de 2009)
sábado, 5 de setembro de 2009
O AQUÍFERO GUARANI
O Aquífero Guarani é a maior reserva subterrânea de água doce do mundo. A maior parte (70% ou 840 mil km²) da área ocupada pelo aquífero - cerca de 1,2 milhão de km² - está no subsolo do centro-sudoeste do Brasil. O restante se distribui entre o nordeste da Argentina (255 mil km²), noroeste do Uruguai (58 500 km²) e sudeste do Paraguai (58 500 km²), nas bacias do rio Paraná e do Chaco-Paraná. A população atual do domínio de ocorrência do aquífero é estimada em quinze milhões de habitantes.
Mato Grosso do Sul (213 200 km²)
Rio Grande do Sul (157 600 km²)
São Paulo (155 800 km²)
Paraná (131 300 km²)
Goiás (55 000 km²)
Minas Gerais (51 300 km²)
Santa Catarina (49 200 km²)
Mato Grosso (26 400 km²)
Nomeado em homenagem à tribo Guarani, possui um volume de aproximadamente 55 mil km³ e profundidade máxima por volta de 1 800 metros, com uma capacidade de recarregamento de aproximadamente 166 km³ ao ano por precipitação. É dito que esta vasta reserva subterrânea pode fornecer água potável ao mundo por duzentos anos. Devido a uma possível falta de água potável no planeta, que começaria em vinte anos, este recurso natural está rapidamente sendo politizado, tornando-se o controle do Aquífero Guarani cada vez mais controverso.
1- Geologia do Aquífero:
O Aquífero Guarani consiste primariamente de sedimentos arenosos depositados por processos fluviais e eólicos durante os períodos Triássico e Jurássico (entre 200 e 130 milhões de anos atrás), sendo mais de 90% de sua área total recoberta com basalto ígneo de baixa permeabilidade, depositado durante o período Cretácio, que age como aquitardo e permite grande contenção de água. Isto diminui em muito a infiltração de água no aquífero e seu subsequente recarregamento, mas também isola o aquífero da zona mais superficial e porosa do solo, evitando a evaporação e evapotranspiração da água nele contida.
A pesquisa e o monitoramento do aquífero para melhor gerenciá-lo como recurso são considerados importantes, uma vez que o crescimento da população em seu território é relativamente alta, aumentando riscos relacionados ao consumo e a poluição.
(Fonte: www.wikipedia.com.br)
LOCALIZAÇÃO DO AQUÍFERO GUARANI
ESQUEMA DO AQUÍFERO GUARANI E SUAS CARACTERÍSTICAS
1- Além do Guarani, sob a superfície de São Paulo, há outro reservatório, chamado Aqüífero Bauru, que se formou mais tarde. Ele é muito menor, mas tem capacidade suficiente para suprir as necessidades de fazendas e pequenas cidades.
2- O líquido escorre muito devagar pelos poros da pedra e leva décadas para caminhar algumas centenas de metros. Enquanto desce, ele é filtrado. Quando chega aqui está limpinho.
3- Nas margens do aqüífero, a erosão expõe pedaços do arenito. São os chamados afloramentos. É por aqui que a chuva entra e também por onde a contaminação pode acontecer.
4- A cada 100 metros de profundidade, a temperatura do solo sobe 3 graus Celsius. Assim, a água lá do fundo fica aquecida. Neste ponto ela está a 50 graus.
(Fonte: Figuras e Textos Extraídos da Revista Super Interessante nº 07 ano 13)
LOCALIZAÇÃO DO AQUÍFERO GUARANI
(Fonte: www.googleimagens.com.br)
Mato Grosso do Sul (213 200 km²)
Rio Grande do Sul (157 600 km²)
São Paulo (155 800 km²)
Paraná (131 300 km²)
Goiás (55 000 km²)
Minas Gerais (51 300 km²)
Santa Catarina (49 200 km²)
Mato Grosso (26 400 km²)
Nomeado em homenagem à tribo Guarani, possui um volume de aproximadamente 55 mil km³ e profundidade máxima por volta de 1 800 metros, com uma capacidade de recarregamento de aproximadamente 166 km³ ao ano por precipitação. É dito que esta vasta reserva subterrânea pode fornecer água potável ao mundo por duzentos anos. Devido a uma possível falta de água potável no planeta, que começaria em vinte anos, este recurso natural está rapidamente sendo politizado, tornando-se o controle do Aquífero Guarani cada vez mais controverso.
1- Geologia do Aquífero:
O Aquífero Guarani consiste primariamente de sedimentos arenosos depositados por processos fluviais e eólicos durante os períodos Triássico e Jurássico (entre 200 e 130 milhões de anos atrás), sendo mais de 90% de sua área total recoberta com basalto ígneo de baixa permeabilidade, depositado durante o período Cretácio, que age como aquitardo e permite grande contenção de água. Isto diminui em muito a infiltração de água no aquífero e seu subsequente recarregamento, mas também isola o aquífero da zona mais superficial e porosa do solo, evitando a evaporação e evapotranspiração da água nele contida.
A pesquisa e o monitoramento do aquífero para melhor gerenciá-lo como recurso são considerados importantes, uma vez que o crescimento da população em seu território é relativamente alta, aumentando riscos relacionados ao consumo e a poluição.
(Fonte: www.wikipedia.com.br)
LOCALIZAÇÃO DO AQUÍFERO GUARANI
ESQUEMA DO AQUÍFERO GUARANI E SUAS CARACTERÍSTICAS
1- Além do Guarani, sob a superfície de São Paulo, há outro reservatório, chamado Aqüífero Bauru, que se formou mais tarde. Ele é muito menor, mas tem capacidade suficiente para suprir as necessidades de fazendas e pequenas cidades.
2- O líquido escorre muito devagar pelos poros da pedra e leva décadas para caminhar algumas centenas de metros. Enquanto desce, ele é filtrado. Quando chega aqui está limpinho.
3- Nas margens do aqüífero, a erosão expõe pedaços do arenito. São os chamados afloramentos. É por aqui que a chuva entra e também por onde a contaminação pode acontecer.
4- A cada 100 metros de profundidade, a temperatura do solo sobe 3 graus Celsius. Assim, a água lá do fundo fica aquecida. Neste ponto ela está a 50 graus.
(Fonte: Figuras e Textos Extraídos da Revista Super Interessante nº 07 ano 13)
LOCALIZAÇÃO DO AQUÍFERO GUARANI
(Fonte: www.googleimagens.com.br)
quarta-feira, 26 de agosto de 2009
GRAND CANYON - UMA REGIÃO CAVADA POR UM RIO
O Grand Canyon tem 445 quilômetros de comprimento, mais de 1,5 quilômetros de profundidade e 30 quilômetros de largura. Ele foi todo entalhado pela erosão, pelo rio Colorado e pelas forças quase imperceptíveis, mas poderosas, dos flocos de neve, das gotas de chuva e do ar. O canyon é cheio de precipícios, anfiteatros, montes íngremes e isolados, despenhadeiros, pináculos, templos e formas sem nome, em vermelho, ouro, rosa, verde, laranja, violeta e muitas outras cores.
LOCALIZAÇÃO DO GRAND CANYON - ESTADOS UNIDOS DA AMÉRICA
1- As Forças Que Geraram o Canyon:
Há muitos milhões de anos, o planalto colorado, na área do Grand Canyon, contava com 3.000 metros de rocha a mais do que atualmente e era relativamente nivelado. O material que desapareceu compunha-se de camadas de quatorze formações rochosas. Na região do Grand Canyon, tais camadas foram desgastadas durante milhões de anos, até que ficou à vista, no topo, a atual camada de calcário.
Há aproximadamente 65 milhões de anos, a pressão interna ergueu uma espécie de bolha na superfície achatada do planalto, na área do Grand Canyon. Os geólogos referem-se a esse tipo de fenômeno como soerguimento: ele foi seguido por uma elevação geral de todo o planalto colorado, processo que ainda esta em curso. À medida que o planalto se elevou gradualmente, os rios pouco profundos que avançavam por ele sinuosamente começaram a correr mais rápido e a delimitar com mais nitidez seus cursos. Um desses rios, localizado a leste do soerguimento, era o ancestral do colorado. Um outro sistema fluvial, o Hualapai, que corria a oeste do soerguimento, prolongou-se em direção leste, atravessando o soerguimento. Por fim, esse sistema encontrou o antigo colorado e capturou suas águas. O novo rio começou então a cavar a trincheira de 445 quilômetros de comprimento, que se transformou no Grand Canyon. Os geólogos calculam que esse trabalho de escavação começou há mais de 10 milhões de anos.
Desde então o processo de formação do Canyon tem sido cumulativo. À ação corrosiva do próprio rio, juntaram-se outros fatores. O calor e o frio, a chuva e a neve, juntamente com a resistência variável das rochas, aumentam as oportunidades de erosão. As paredes do Canyon esfarelam-se e o rio adquire um instrumento cortante, toneladas de fragmentos de rocha; a chuva que escorre pelo planalto cria correntes tributárias que entalham os Canyons laterais. Aprofundando-se lentamente em direção ao planalto, os Canyons laterais expõem novas rochas, e assim a erosão prossegue.
O RIO COLORADO E O GRAND CANYON - ESPETACULO DA NATUREZA
2- O Tempo Geológico em Camadas Ascendentes:
No seu ponto mais profundo, ao longo do trecho conhecido como garganta Granite, o Canyon faz um entalhe de 1,5 quilômetros de profundidade na crosta terrestre, revelando 2 bilhões de anos de seu passado. Esse lugar tem sido considerado como o maior e mais antigo livro de história do mundo, e no enatnto, suas páginas estriadas contam apenas parte da história. Os geologos dividem a história da Terra em quatro grandes eras geológicas, porém as paredes do Canyon exibem apenas as duas primeiras, a Pré-Cambriana e a Paleozóica; as rochas das duas eras mais recentes, a Mesozóica e a Cenozóica, foram desgastadas pela erosão. Entretanto, as rochas que restaram relatam acontecimentos geológicos espetaculares. A mais antiga, o xisto do fundo da garganta, é relíquia de uma época em que o centro da Terra em ebulição pertubava sua superfície, são rochas dobradas pela pressão interna, saturadas pelo calor e a seguir infiltradas por correntes liquefeitas de material mineral. Acima delas, as sete camadas empenadas de rochas chamadas Séries do Grand Canyon foram inclinadas por um soerguimento ao longo de linhas de falha na crosta da Terra. As camadas de arenito, calcário e folhelho situadas na parte superior do Canyon refletem as marcas de um longo cortejo de mares, desertos e planícies de inundação, cada uma com seu próprio sedimento.
GARGANTA GRANITE - GRAND CANYON E SUAS CAMADAS DE ROCHAS
TABELA DOS TEMPOS GEOLÓGICOS DO GRAND CANYON
(Fonte: As Regiões Selvagens do Mundo, Editora Cidade Cultural Ltda, Rio de Janeiro, RJ.)
LOCALIZAÇÃO DO GRAND CANYON - ESTADOS UNIDOS DA AMÉRICA
1- As Forças Que Geraram o Canyon:
Há muitos milhões de anos, o planalto colorado, na área do Grand Canyon, contava com 3.000 metros de rocha a mais do que atualmente e era relativamente nivelado. O material que desapareceu compunha-se de camadas de quatorze formações rochosas. Na região do Grand Canyon, tais camadas foram desgastadas durante milhões de anos, até que ficou à vista, no topo, a atual camada de calcário.
Há aproximadamente 65 milhões de anos, a pressão interna ergueu uma espécie de bolha na superfície achatada do planalto, na área do Grand Canyon. Os geólogos referem-se a esse tipo de fenômeno como soerguimento: ele foi seguido por uma elevação geral de todo o planalto colorado, processo que ainda esta em curso. À medida que o planalto se elevou gradualmente, os rios pouco profundos que avançavam por ele sinuosamente começaram a correr mais rápido e a delimitar com mais nitidez seus cursos. Um desses rios, localizado a leste do soerguimento, era o ancestral do colorado. Um outro sistema fluvial, o Hualapai, que corria a oeste do soerguimento, prolongou-se em direção leste, atravessando o soerguimento. Por fim, esse sistema encontrou o antigo colorado e capturou suas águas. O novo rio começou então a cavar a trincheira de 445 quilômetros de comprimento, que se transformou no Grand Canyon. Os geólogos calculam que esse trabalho de escavação começou há mais de 10 milhões de anos.
Desde então o processo de formação do Canyon tem sido cumulativo. À ação corrosiva do próprio rio, juntaram-se outros fatores. O calor e o frio, a chuva e a neve, juntamente com a resistência variável das rochas, aumentam as oportunidades de erosão. As paredes do Canyon esfarelam-se e o rio adquire um instrumento cortante, toneladas de fragmentos de rocha; a chuva que escorre pelo planalto cria correntes tributárias que entalham os Canyons laterais. Aprofundando-se lentamente em direção ao planalto, os Canyons laterais expõem novas rochas, e assim a erosão prossegue.
O RIO COLORADO E O GRAND CANYON - ESPETACULO DA NATUREZA
2- O Tempo Geológico em Camadas Ascendentes:
No seu ponto mais profundo, ao longo do trecho conhecido como garganta Granite, o Canyon faz um entalhe de 1,5 quilômetros de profundidade na crosta terrestre, revelando 2 bilhões de anos de seu passado. Esse lugar tem sido considerado como o maior e mais antigo livro de história do mundo, e no enatnto, suas páginas estriadas contam apenas parte da história. Os geologos dividem a história da Terra em quatro grandes eras geológicas, porém as paredes do Canyon exibem apenas as duas primeiras, a Pré-Cambriana e a Paleozóica; as rochas das duas eras mais recentes, a Mesozóica e a Cenozóica, foram desgastadas pela erosão. Entretanto, as rochas que restaram relatam acontecimentos geológicos espetaculares. A mais antiga, o xisto do fundo da garganta, é relíquia de uma época em que o centro da Terra em ebulição pertubava sua superfície, são rochas dobradas pela pressão interna, saturadas pelo calor e a seguir infiltradas por correntes liquefeitas de material mineral. Acima delas, as sete camadas empenadas de rochas chamadas Séries do Grand Canyon foram inclinadas por um soerguimento ao longo de linhas de falha na crosta da Terra. As camadas de arenito, calcário e folhelho situadas na parte superior do Canyon refletem as marcas de um longo cortejo de mares, desertos e planícies de inundação, cada uma com seu próprio sedimento.
GARGANTA GRANITE - GRAND CANYON E SUAS CAMADAS DE ROCHAS
TABELA DOS TEMPOS GEOLÓGICOS DO GRAND CANYON
(Fonte: As Regiões Selvagens do Mundo, Editora Cidade Cultural Ltda, Rio de Janeiro, RJ.)
quinta-feira, 20 de agosto de 2009
OS CZARES E A FORMAÇÃO DA RÚSSIA
Ás duas da manhã do dia 17 de julho de 1918 perdia o trono o último Imperador de todas as Rússias: Nicolau II, que era aprisionado pelos revolucionários bolcheviques em uma casa de Ecaterimburgo, oeste do país. Nicolau foi conduzido com a mulher, o filho, as quatro filhas, o médico e os empregados para um quartinho dos fundos, onde 12 homens os esperavam com armas na mão. Depois do fuzilamento, o pelotão se assustou ao ver que as filhas continuavam vivas, pois as balas ricochetearam nas jóias costuradas em seus vestidos. O jeito foi terminar o "serviço" com golpes de baioneta. Era o fim de 300 anos da dinastia Romanov e de quatro séculos do domínio dos czares.
O título de czar, foi derivado dos "césares" de Roma, mas na Rússia ele adquiriu um caráter especial. Usando uma mescla de terror e nacionalismo religioso, eles transformaram um reino minúsculo numa potência mundial e expandiram seu território até ter o dobro do tamanho do Brasil.
1- Moscóvia:
A semente do czarismo foi plantada no século IX, quando o chefe viking Riurík fundou uma dinstia em Novgorod, no Noroeste da atual Rússia. Seus descendentes ampliaram o reino até Kiev (Ucrânia), converteram-se à fé ortodoxa (ramo do cristianismo que rompeu com o catolicismo romano no século XI e se espalhou nos domínios do Império Bizantino). Os descendentes Riurík usaram o termo "Rus" para descrever seu povo e sua terra. No fim do século XII, o reino se fragmentou em principados rivais e as disputas favoreceram a invasão dos Rus pelos Tártaros (povo turco muçulmano que pertencia ao Império Mongol). Os invasores pouparam o principado de Novgorod, que não foi destruído, com a condição de que seu príncipe Alexandre Nevsky, lhes pagasse altos tributos. Daniel, filho de Alexandre, tornou-se príncipe de um vilarejo chamado Moscou, e começou a anexar terras, o que resultou no crescimento do reino de Moscóvia em cerca de oito vezes. Moscóvia adotava a política de subjugar outros reinos apoiado no reconhecimento do poder absoluto de seu príncipe. A crueldade e a unidade ao príncipe eram recompensadas, e os principais clãs se beneficiavam da expansão das terras. O czar contava com autoridade ilimitada, pois seu poder emanava de Deus, abençoado pela igreja Ortodoxa, que tambem era beneficiada pelo aumento do poderio russo.
2- Ivã - o Grande:
Em 43 anos de governo Ivã, o grande, quadruplicou o tamanho do reino, depois festejou a glória ampliando a construção do Kremlin. Ivã inaugurou a prática da deportação em massa, que foi usada posteriormente pela União Soviética. Sua crueldade seria mantida por seu filho Vassily III e passaria dos limites com seu neto Ivã IV, chamado também de o "terrível". Ele junto de Pedro, o grande, Catarina, a grande, Lênim e Stálin aplicaram o terror em defesa de si e do regime, porém Ivã IV e Stálin praticaram uma matança extravagante que desafia qualquer compreensão.
Ivã IV foi coroado com o título de czar em 1547, e seu reinado começou bem pois derrotou os tátaros e expandiu seus domínios no leste até o mar Cáspio e a Sibéria, transformando Moscóvia em um estado multiétnico. Mas a morte de sua esposa, Anastácia, possivelmente envenenada, em 1560, provocou um piripaque na cabeça do monarca. Ele prendeu seus conselheiros e abriu fogo contra o povo,Ivã presenciava as execuções e maquinava formas de morte. Em 1570, uma plateia em Moscou viu como ele e seus homens desmenbravam e ferviam vítimas suspeitas de traição. Ivã casou com outras seis mulheres sem se firmar com nenhuma, num de seus ataques de fúria, o czar golpeou seu filho Ivã Ivanovich na cabeça com uma bengala de ferro, matando-o.
3- A Era Romanov:
Passado o furacão Ivã, e após brigas pelo poder, em 1613 foi escolhido um novo czar: Mikhail Romanov, o primeiro de uma dinastia que duraria 300 anos. Pedro I coroado czar em 1682, conquistou parte da Estônia e chegou à sonhada costa do Báltico, onde fundou São Petersburgo e fez dela a capital da Rússia. Catarina, a grande estabilizou o reino da Rússia e conquistou terras da Turquia. Nicolau I, já no século XIX foi derrotado na Criméia por Ingleses, Franceses e Turcos o que provava a decadência dos governos dos czares, em 1904 a Rússia cambaleou numa guerra contra o Japão, e em 1905 centenas de manifestantes morreram ao exigir liberdade em São Petersburgo (domingo sangrento). Em 1917 não teve jeito: Nicolau II abdicou e foi fuzilado por ordem de Lênim, lider dos bolcheviques, estava surgindo assim a URSS, um imenso país formado pelas dinstias dos czares.
O CRESCIMENTO DO IMPÉRIO RUSSO
(Fonte: Revista: Aventura na História, Edição 71, Editora Abril - Junho / 2009 - São Paulo/ SP.)
O título de czar, foi derivado dos "césares" de Roma, mas na Rússia ele adquiriu um caráter especial. Usando uma mescla de terror e nacionalismo religioso, eles transformaram um reino minúsculo numa potência mundial e expandiram seu território até ter o dobro do tamanho do Brasil.
1- Moscóvia:
A semente do czarismo foi plantada no século IX, quando o chefe viking Riurík fundou uma dinstia em Novgorod, no Noroeste da atual Rússia. Seus descendentes ampliaram o reino até Kiev (Ucrânia), converteram-se à fé ortodoxa (ramo do cristianismo que rompeu com o catolicismo romano no século XI e se espalhou nos domínios do Império Bizantino). Os descendentes Riurík usaram o termo "Rus" para descrever seu povo e sua terra. No fim do século XII, o reino se fragmentou em principados rivais e as disputas favoreceram a invasão dos Rus pelos Tártaros (povo turco muçulmano que pertencia ao Império Mongol). Os invasores pouparam o principado de Novgorod, que não foi destruído, com a condição de que seu príncipe Alexandre Nevsky, lhes pagasse altos tributos. Daniel, filho de Alexandre, tornou-se príncipe de um vilarejo chamado Moscou, e começou a anexar terras, o que resultou no crescimento do reino de Moscóvia em cerca de oito vezes. Moscóvia adotava a política de subjugar outros reinos apoiado no reconhecimento do poder absoluto de seu príncipe. A crueldade e a unidade ao príncipe eram recompensadas, e os principais clãs se beneficiavam da expansão das terras. O czar contava com autoridade ilimitada, pois seu poder emanava de Deus, abençoado pela igreja Ortodoxa, que tambem era beneficiada pelo aumento do poderio russo.
2- Ivã - o Grande:
Em 43 anos de governo Ivã, o grande, quadruplicou o tamanho do reino, depois festejou a glória ampliando a construção do Kremlin. Ivã inaugurou a prática da deportação em massa, que foi usada posteriormente pela União Soviética. Sua crueldade seria mantida por seu filho Vassily III e passaria dos limites com seu neto Ivã IV, chamado também de o "terrível". Ele junto de Pedro, o grande, Catarina, a grande, Lênim e Stálin aplicaram o terror em defesa de si e do regime, porém Ivã IV e Stálin praticaram uma matança extravagante que desafia qualquer compreensão.
Ivã IV foi coroado com o título de czar em 1547, e seu reinado começou bem pois derrotou os tátaros e expandiu seus domínios no leste até o mar Cáspio e a Sibéria, transformando Moscóvia em um estado multiétnico. Mas a morte de sua esposa, Anastácia, possivelmente envenenada, em 1560, provocou um piripaque na cabeça do monarca. Ele prendeu seus conselheiros e abriu fogo contra o povo,Ivã presenciava as execuções e maquinava formas de morte. Em 1570, uma plateia em Moscou viu como ele e seus homens desmenbravam e ferviam vítimas suspeitas de traição. Ivã casou com outras seis mulheres sem se firmar com nenhuma, num de seus ataques de fúria, o czar golpeou seu filho Ivã Ivanovich na cabeça com uma bengala de ferro, matando-o.
3- A Era Romanov:
Passado o furacão Ivã, e após brigas pelo poder, em 1613 foi escolhido um novo czar: Mikhail Romanov, o primeiro de uma dinastia que duraria 300 anos. Pedro I coroado czar em 1682, conquistou parte da Estônia e chegou à sonhada costa do Báltico, onde fundou São Petersburgo e fez dela a capital da Rússia. Catarina, a grande estabilizou o reino da Rússia e conquistou terras da Turquia. Nicolau I, já no século XIX foi derrotado na Criméia por Ingleses, Franceses e Turcos o que provava a decadência dos governos dos czares, em 1904 a Rússia cambaleou numa guerra contra o Japão, e em 1905 centenas de manifestantes morreram ao exigir liberdade em São Petersburgo (domingo sangrento). Em 1917 não teve jeito: Nicolau II abdicou e foi fuzilado por ordem de Lênim, lider dos bolcheviques, estava surgindo assim a URSS, um imenso país formado pelas dinstias dos czares.
O CRESCIMENTO DO IMPÉRIO RUSSO
(Fonte: Revista: Aventura na História, Edição 71, Editora Abril - Junho / 2009 - São Paulo/ SP.)
sexta-feira, 14 de agosto de 2009
OS PROBLEMAS AMBIENTAIS GLOBAIS
Como sabemos, aquilo que chamamos de ambiente natural ou ecossistema apresenta um estado de equilíbrio extremamente dinâmico. Isso significa dizer que, caso ocorram interferências muito grandes em um dos elementos formadores das paisagens, esse equilíbrio pode ser rompido e seu restabelecimento leva muito tempo para acontecer.
Nessa perspectiva, o ritmo do restabelecimento do equilíbrio ambiental tem-se mostrado incompatível com o ritmo com que as sociedades de consumo têm explorado os recursos do planeta. Mais do que isso, a poluição ambiental e os impactos que o meio em que vivemos tem sofrido não poderão ser eliminados no curto prazo. Na atualidade, as questões ambientais adquiriram uma nova dimensão, a dimensão planetária. Isso deixa claro que o movimento do ar ou das águas não respeitam fronteiras. A fumaça expelida pelos automóveis e os dejetos lançados ao sabor dos ventos e das correntezas. Não são possivéis de ser contidos. É nesse contexto, portanto, que certos problemas ambientais adquiriram dimensões globais, afetando a biosfera e pondo em risco nosso habitat.
1- A Destruição da Camada de Ozônio:
A estratosfera contém pequeninas moléculas de ozônio. Essas moléculas encontram-se espalhadas ao longo de cerca de 15 Km, na estratosfera, e desempenham um papel vital para os seres vivos, pois filtram ou retém os raios ultravioletas provenientes do sol.
Os raios ultravioletas são nocivos para os seres vivos porque literalmente ocasionariam a destruição dos vegetais clorofilados, responsáveis pela fotossíntese. Com isso, ocorreria uma significativa ruptura na cadeia alimentar de consequências desastrosas. Quanto aos seres humanos, duas importantíssimas moléculas biológicas dos tecidos vivos seriam afetadas: os ácidos nucléicos e as proteínas, o que causaria câncer de pele entre outras enfermidades graves. Fabricado desde os anos de 1960, o clorofluorcarboneto, conhecido pela sigla CFC é usado em equipamentos de refrigeração como ar-condicionado e geladeiras esse gás encontra-se disseminado pelo mundo inteiro, mas nos últimos anos têm se intensificado a exclusão do mesmo na fabricação de equipamentos de refrigeração, buscando diminuir a destruição da camada de ozônio.
As primeiras medições do ozônio estratosférico tiveram início em 1957. Contudo, desde o final dos anos de 1970 que pesquisadores têm verificado que na primavera austral (no hemisfério sul), um imenso "buraco" surge na camada de ozônio. Por outro lado, a comunidade internacional tem se mobilizado para suplantar esse preocupante problema. Assim, desde 1985, sucessivas conferências têm ocorrido e a partir de então foram desenvolvidas novas tecnologias, para diminuir o uso de CFC em todo o planeta.
(Fonte:FILIZOLA, Roberto - Geografia: volume único - 2ª Edição - Editora IBEP, São Paulo, SP, 2005.)
ESQUEMA DA AÇÃO DO EFEITO ESTUFA NO NOSSO PLANETA
GRAFICO COM OS PRINCIPAIS AGRESSORES A CAMADA DE OZÔNIO DA TERRA
(Fonte: www.googleimagens.com.br)
1.1- Medidas Para Diminuir os Efeitos Climáticos no Mundo:
Desde a ECO-92, a maioria dos países vem desenvolvendo esforços para, em conjunto, enfrentar a problemática da mudança climática, causada principalmente pelo efeito estufa. Assim, o consenso entre os países resultou em duas estratégias: sequestrar o carbono do ambiente e reduzir as emissões de carbono para a atmosfera. O sequestro do carbono consiste em retirar o carbono já emitido pelos agentes poluidores da atmosfera. Para tanto, o reflorestamento e a manutenção de áreas florestadas são os principais meios para que isso ocorra. A redução das emissões de carbono, por sua vez, envolvem sobretudo o desenvolvimento de tecnologias limpas, nas quais deiza-se de utilizar combustíveis fósseis, casos como o do petróleo e do carvão mineral. Ao contrário do sequestro do carbono, essa estratégia é mais onerosa e de implantação mais difícil. Diante desse fato, é inegável que a mobilização e grandes agentes poluidores, como as companhias de energia elétrica nos E.U.A, na Europa e no Japão ou as grandes montadoras de automóveis, no sentido de utilizar novas tecnologias, ainda levará um certo tempo.
PAÍSES DESENVOLVIDOS DO NORTE E SUAS EMISSÕES DE DIÓXIDO DE CARBONO
(Fonte:FILIZOLA, Roberto - Geografia: volume único - 2ª Edição - Editora IBEP, São Paulo, SP, 2005.)
Nessa perspectiva, o ritmo do restabelecimento do equilíbrio ambiental tem-se mostrado incompatível com o ritmo com que as sociedades de consumo têm explorado os recursos do planeta. Mais do que isso, a poluição ambiental e os impactos que o meio em que vivemos tem sofrido não poderão ser eliminados no curto prazo. Na atualidade, as questões ambientais adquiriram uma nova dimensão, a dimensão planetária. Isso deixa claro que o movimento do ar ou das águas não respeitam fronteiras. A fumaça expelida pelos automóveis e os dejetos lançados ao sabor dos ventos e das correntezas. Não são possivéis de ser contidos. É nesse contexto, portanto, que certos problemas ambientais adquiriram dimensões globais, afetando a biosfera e pondo em risco nosso habitat.
1- A Destruição da Camada de Ozônio:
A estratosfera contém pequeninas moléculas de ozônio. Essas moléculas encontram-se espalhadas ao longo de cerca de 15 Km, na estratosfera, e desempenham um papel vital para os seres vivos, pois filtram ou retém os raios ultravioletas provenientes do sol.
Os raios ultravioletas são nocivos para os seres vivos porque literalmente ocasionariam a destruição dos vegetais clorofilados, responsáveis pela fotossíntese. Com isso, ocorreria uma significativa ruptura na cadeia alimentar de consequências desastrosas. Quanto aos seres humanos, duas importantíssimas moléculas biológicas dos tecidos vivos seriam afetadas: os ácidos nucléicos e as proteínas, o que causaria câncer de pele entre outras enfermidades graves. Fabricado desde os anos de 1960, o clorofluorcarboneto, conhecido pela sigla CFC é usado em equipamentos de refrigeração como ar-condicionado e geladeiras esse gás encontra-se disseminado pelo mundo inteiro, mas nos últimos anos têm se intensificado a exclusão do mesmo na fabricação de equipamentos de refrigeração, buscando diminuir a destruição da camada de ozônio.
As primeiras medições do ozônio estratosférico tiveram início em 1957. Contudo, desde o final dos anos de 1970 que pesquisadores têm verificado que na primavera austral (no hemisfério sul), um imenso "buraco" surge na camada de ozônio. Por outro lado, a comunidade internacional tem se mobilizado para suplantar esse preocupante problema. Assim, desde 1985, sucessivas conferências têm ocorrido e a partir de então foram desenvolvidas novas tecnologias, para diminuir o uso de CFC em todo o planeta.
(Fonte:FILIZOLA, Roberto - Geografia: volume único - 2ª Edição - Editora IBEP, São Paulo, SP, 2005.)
ESQUEMA DA AÇÃO DO EFEITO ESTUFA NO NOSSO PLANETA
GRAFICO COM OS PRINCIPAIS AGRESSORES A CAMADA DE OZÔNIO DA TERRA
(Fonte: www.googleimagens.com.br)
1.1- Medidas Para Diminuir os Efeitos Climáticos no Mundo:
Desde a ECO-92, a maioria dos países vem desenvolvendo esforços para, em conjunto, enfrentar a problemática da mudança climática, causada principalmente pelo efeito estufa. Assim, o consenso entre os países resultou em duas estratégias: sequestrar o carbono do ambiente e reduzir as emissões de carbono para a atmosfera. O sequestro do carbono consiste em retirar o carbono já emitido pelos agentes poluidores da atmosfera. Para tanto, o reflorestamento e a manutenção de áreas florestadas são os principais meios para que isso ocorra. A redução das emissões de carbono, por sua vez, envolvem sobretudo o desenvolvimento de tecnologias limpas, nas quais deiza-se de utilizar combustíveis fósseis, casos como o do petróleo e do carvão mineral. Ao contrário do sequestro do carbono, essa estratégia é mais onerosa e de implantação mais difícil. Diante desse fato, é inegável que a mobilização e grandes agentes poluidores, como as companhias de energia elétrica nos E.U.A, na Europa e no Japão ou as grandes montadoras de automóveis, no sentido de utilizar novas tecnologias, ainda levará um certo tempo.
PAÍSES DESENVOLVIDOS DO NORTE E SUAS EMISSÕES DE DIÓXIDO DE CARBONO
(Fonte:FILIZOLA, Roberto - Geografia: volume único - 2ª Edição - Editora IBEP, São Paulo, SP, 2005.)
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