O município de Campos dos Goytacazes localiza-se na Região Norte Fluminense e ocupa uma área de 4.027 Km², possuindo atualmente 106 bairros em 14 distritos, a saber:
1- Campos dos Goytacazes
2- Dores de Macabu
3- Ibitioca
4- Morangaba
5- Morro do Coco
6- Mussurepe
7- Santa Maria
8- Santo Amaro de Campos
9- Santo Eduardo
10- São Sebastião de Campos
11- Serrinha
12- Tocos
13- Travessão
14- Vila Nova de Campos
Sua sede está situada a 14 metros acima do nivel do mar e localiza-se a 21º45'23" de Latitude Sul e 41º19'40" de Longitude Oeste.
MAPA CONTENDO ALGUNS BAIRROS DA CIDADE DE CAMPOS DOS GOYTACAZES.
(Fonte: Campos dos Goytacazes: Perfil 2005/Prefeitura, Campos dos Goytacazes/RJ,2006)
1- LIMITES:
* Ao Norte com o estado do Espírito Santo, através do rio Itabapoana;
* A Nordeste com o município de São Francisco do Itabapoana;
* A Leste com o município de São João da Barra, pelo Canal São Bento;
* A Sudeste é banhado pelo Oceano Atlântico desde a Barra do Açu até a foz do rio Furado;
* Ao Sul a Lagoa Feia e o rio Macabu limitam o território campista com o município de Quissamã;
* A Sudoeste com Conceição de Macabu e Santa Maria Madalena;
* A Oeste com o município de São Fidélis através de componentes estruturais da Serra do Mar, que recebem denominações locais como Serra Itacolomi, Serra dos Três Picos e Serra do Barracão, formando o grande conjunto de terras altas do território municipal;
* A Noroeste com Cardoso Moreira, em boa parte seguindo o Córrego da Onça, Italva e Bom Jesus do Itabapoana, acompanhando o Córrego Santo Eduardo.
MAPA DO MUNICÍPIO DE CAMPOS DOS GOYTACAZES E SEUS LIMITES.
(Fonte: Campos dos Goytacazes: Perfil 2005/Prefeitura, Campos dos Goytacazes/RJ,2006)
2- RELEVO:
O território campista é caracterizado pela presença de três feições geomorfológicas bastante distintas.
2.1 - A primeira delas corresponde às serras, colinas e maciços costeiros, que se estendem pelas porções oeste e norte do município, constituídos de rochas cristalinas, onde predominam gnaisses e granitos. Apesar de compreender tipos de modelos diversos apresentam uma origem comum: terrenos cristalinos muito antigos que remontam ao Arqueozóico e Proterozóico, períodos caracterizados por dobramentos e falhamentos de grande monta e que, após a ação dos agentes erosivos que procederam a um intenso desgaste ao longo das eras geológicas que se seguiram, foram no período terciário novamente submetidos a esforços internos que acabaram resultando em extensas linhas de falha, escarpas vigorosas e relevos alinhados em razão de antigos dobramentos e de linhas de falha mais jovens.
As escarpas da Serra do Mar estão presentes mais no interior do município, especialmente nos limites com São Fidélis, santa Maria Madalena e Bom Jesus do Itabapoana. Apresentam uma orientação geral Sudoeste-Nordeste e uma topografia acidentada onde predominam "vales alongados, segmentos de drenagem retilíneos, linhas de cristas e de cumeadas paralelas, relevos com grandes desníveis altimétricos e escarpas íngremes". Esse relevo constitue-se de elemento fundamental na distribuição das chuvas pelo território municipal, emprestando maior umidade às àreas mais escarpadas voltadas para o litoral. As maiores altitudes são encontradas ao sul do rio paraíba do sul, na grande faixa de limite com o município de São Fidélis, caracterizada por um conjunto de expressões locais como a Serra do Itacolomi, Serra Grande, Serra da Malhada Branca, Serra do Imbé, onde se localiza o ponto mais elevado do município, o Pico São Mateus com 1.576 m. São frequentes nesta região altitudes superiores a 800 m e mesmo 1.000 m.As colinas e maciços costeiros estão localizados entre as escarpas da Serra do Mar e os tabuleiros e planícies costeiras. As colinas apresentam forma arrendondada, parecendo meias-laranjas e possuem altitudes bastante modestas, entre 30 a 50 metros. Os maciços por sua vez, atingem altitudes mais elevadas e constituem-se de blocos falhados e basculados para o norte.
2.2- A segunda grande feição geomorfológica é constituída por uma extensa faixa de tabuleiros formados por depósitos sedimentares, Terciário/Quaternário, com altura entre 20 a 30 metros e topo retilíneos. Chegam a atingir de 20 a 30 quilômetros de largura confrontando-se a oeste com os maciços e colinas e a leste com as planícies costeiras. apresentam-se segmentados por vales de fundo chato, que se mostram, em geral, alagados e, entremeiam-se com os cordões arenosos da planície costeira.
2.3- A terceira unidade é a grande planície quaternária representada pelo delta do rio Paraíba do sul, caracterizado por ambientes de acumulação diversificados:
* Ambientes de acumulação representados principalmente pelas praias, cordões litorâneos, dunas e canais de maré.
* Ambientes de acumulação fluviomarinha caracterizados pela presença de áreas deprimidas próximas às desembocaduras dos canais que correm perpendiculares à costa, sob influência das marés. Suas feições mais representativas são as lagoas e depressões colmatadas.
* Ambientes de acumulação fluviolacustres formados por sedimentos argilosos nas franjas da Lagoa Feia. este ambiente tem sofrido profundas alterações resultado da necessidade de ampliação das áreas de cultivo.
* Ambientes de acumulação fluvial notadamente marcados pela presença de paleocanais do rio Paraíba do Sul (Canais abandonados ou semi-abandonados, lagoas e brejos interiorizados) áreas topograficamente mais elevadas demarcadas por antigos canais de escoamento.
3- SOLO:
Tendo em conta os multiplos aspectos da geologia, da cobertura vegetal e do relevo, além das diversidades térmicas e pluviométricas, o território municipal apresenta uma considerável gama de solo - dos mais desenvolvidos aos mais insipientes; daqueles que possuem deficiência hídrica (como os slinos), aos muito encharcados; dos mais ao menos férteis - pela maior ou menor presença de nutrientes. Assim os principais tipos de solo observados no município são:
3.1- LATOSSOLO VERMELHO-AMARELO
Classe de solos minerais, não hidromórfico, com horizonte B latossólico, ou seja, possuem ausência, quase total de minerais primários. Em sua maior parte, possui caráter álico (saturação com alumínio superior a 50%), o que lhe confere uma certa acidez. Compreende solos normalmente muito profundos. Em estágio já bastante desenvolvido, apresenta intemperismo avançado e poucas reservas de elementos nutritivos para as plantas. Está relacionado, em geral, a um relevo forte ondulado e montanhoso, sendo utilizado para pastagens. Estão presentes em vastas extensões das superfícies elevadas à oeste e norte do município. A maior parte da área ocupada por esse tipo de solo apresenta pastagens e vegetação secundária em vários estágios de regeneração.
3.2- CAMBISSOLO:
Representa o grupo de solos minerais não hidromórficos, em geral álicos (saturação com alumínio superior a 50%), com horizonte B câmbico e pouca diferenciação de textura entre os horizontes A e B. Apresenta minerais de fácil intemperização (feldspatos e micas, por exemplo) ainda no estado natural, o que confirma o caráter de solo incipiente. É encontrado nas áreas de relevo montanhoso e escarpado, abrangendo vasta porção do território municipal limitrofe ao município de São Fidélis. Seu uso agrícola é limitado pelo relevo acidentado e pela acentuada acidez.
3.3- PODZÓLICO:
Compreende uma grande variedade de solos que apresentam horizonte A moderado e horizonte B textural (acumulo de material lavado proveniente do horizonte superficial). É geralmente profundo, bem drenado e bastante suscetível à erosão. Ocorre principalmente, nos tabuleiros costeiros do grupo Barreiras e em áreas de coberturas afins com os sedimentos terciários. è álico (saturação com alumínio superior a 50%), relacionando-se a um relevo plano e suave ondulado.
3.4- PODZOL HIDROMÓRFICO:
É o principal representante da classe denominada podzol, com horizonte B normalmente arenoso e de espessura variável. Formado ao longo das planícies litorâneas, áreas de relevo predominantemente plano, deriva-se de sedimentos areno-quartozos oriundos da acumulação marinha, ao longo do holoceno. Desenvolve-se sob condições imperfeitas de drenagem, sendo portanto, um solo encharcado. Está presente numa extensa faixa litorânea entre o Cabo de São Tomé e a Barra do Açu.
3.5- SOLONCHAK SÓDICO:
Compreende solos salino-sódicos, mal drenados, com pouca ou nenhuma diferenciação dos horizontes. Encontrado nas áreas sujeitas às influências das marés, especialmente nas proximidades das embocaduras dos rios, apresenta geralmente, na sua superfície, formação de crostas de sais cristalinos, durante a estação seca. Nos horizontes subsuperficiais, é comum se encontrarem conchas marinhas. Podem ser observados ao longo da faixa litorânea entre o canal das Flechas e o Cabo de São Tomé.
3.6- GLEI:
Compreende solos hidromórficos de pouca profundidade, com forte concentração de matéria orgânica no horizonte A e, abaixo deste, horizontes gleizados, dada a presença do lençol freático próximo a superfície o ano inteiro. O horizonte A apresenta coloração acinzentada ou escura e os subsuperficiais, cores cinzentas ou neutras e textura argilosa. Sua formação está relacionada a depósitos orgânicos e de sedimentos aluviais argilo-siltosos, ambos do holoceno. É encontrado em associação com solos aluviais e/ou orgânicos, nas varzeas dos principais rios. Seu uso agrícola só se torna possível mediante a execução de obras de rebaixamento do lençol freático. Ocupa uma área localizada a nordeste da Lagoa Feia, cortada por uma infinidade de canais de drenagem como o de Coqueiros e o de Cambaíba. Está presente também, ao longo de uma larga faixa do baixo curso do rio Muriaé.
3.7- SOLOS ORGÂNICOS:
Agrupam solos de coloração escura, hidromórficos, pouco evoluídos, depósitos de material vegetal em diferentes estágios de decomposição sobre sedimentos fluviolacustres, ao longo do holoceno. Muito mal drenados com o lençol freático encharcando o horizonte superficial durante boa parte do ano, são encontrados mais expressivamente ao redor da Lagoa Feia.
3.8- SOLOS ALUVIAIS:
Classe de solos resultantes do trabalho de transporte dos rios e que são formados pela deposição do aluvião sobre o horizonte C, autoctone. Em termos morfológicos, variam muito, devido à diversidade do material depositado. Ocupam a extensa área central do município, na planície deltáica do Paraíba do Sul, onde se destaca o plantio da Cana-de Açucar.
MAPA COM OS TIPOS DE SOLOS DE REGIÕES DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO - EM DESTAQUE O MUNICÍPIO DE CAMPOS DOS GOYTACAZES.
(Fonte: Campos dos Goytacazes: Perfil 2005/Prefeitura, Campos dos Goytacazes/RJ,2006)
MAPA DO MUNICÍPIO DE CAMPOS DOS GOYTACAZES - CORREDORES ECOLÓGICOS E ÁREAS SUGERIDAS PARA REFLORESTAMENTO.
(Fonte:Fundação CIDE - Campos dos Goytacazes: Perfil 2005/Prefeitura, Campos dos Goytacazes/RJ,2006)
Sou de Barro Branco - Morro Grande - a caminho de Lagoa de Cime - São Benedito e Santa Rita. Como conseguir um mapa/indicação desses lugares?
ResponderExcluirPaz e Bem
Soaroir de Campos
soaroir@gmail.com
cara eu nao achei nada que eu estava procurando
ResponderExcluirEu também não encontrei nada.
ResponderExcluirNem eu...
ResponderExcluirFalta detalhar as características de cada Distrito,isso vai ajudar na prática da agricultura e na escolha das espécies de plantas possibilitando adequada adaptação das mesmas! X
ResponderExcluirBoa noite. Sou professora e estou precisando de um mapa de Campos dos Goytacazes com divisão dos distritos mas sem os nomes, para colorir. Como conseguir?
ResponderExcluirÉ difícil trabalhar essa parte não se encontra nada disponível.
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